† Capítulo Doze

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"Você vai me deixar beijar no seu pescoço ou não?
Eu tentei negligenciar como me sinto, mas é hora de ir 
Feche os olhos e saiba
Você perde se você conseguir primeiro"

— SoMo;  First.
Mídia: First do SoMo. Reproduzam quantas vezes quiserem. ❤️

— Respire, certo? – Do lado de dentro do quarto Fábio tentava acalmar a garota, que a essa altura estava em seu colo, como uma criança desprotegida.

— Respirar? Fábio... Olhe onde estamos. Olhe você, e eu, e o seu irmão! Eu tenho meus pais, meus irmãos... Você tem a igreja, eu não sei o que faria, mas pense nisso. Estar aqui é o mesmo que estar no inferno e não deve fazer duas horas que chegamos.

— Eu não me importo. Mas preciso de você calma, pirralha. – Disse, buscando descontrair o clima que se inseria no lugar. Balançou o ombro dela, iindicando que fazia apenas para implicar com ela.

— Não sou mais uma pirralha. – Entrou na brincadeira, buscando algo para evitar pensar na situação que se encontrava.

— É claro que é. Veja só, você parece uma criança com medo. – Ele olha a morena, exibindo um sorriso e acaricia seus cabelos, os pondo de lado.

— E você não está com medo? – Ela o encarou, esperando sua resposta.

— Não sei. Aprendi a não pensar muito, apenas a me manter o mais calmo e racional possível.

— Não é o que parece. – A Bellard foi rápida ao responder, aplicando malícia na sua frase. Fábio a olhou sério, momentaneamente sem entender, mas logo sorriu de canto, percebendo o que ela queria dizer.

Pois é. Há uma noite atrás ele não estava nada calmo ou racional enquanto percorria o corpo dela. Mas...

— Eu vou preparar um banho para você. Vai te ajudar a relaxar. – Disse por fim, deixando a cama a qual se encontrava e indo perambular o quarto, que tinha um banheiro apenas.

Ficou surpreso ao ver que o mesmo estava organizado e que inclusive havia uma banheira. Perguntou-se se em todos os quartos era assim, mas logo lembrou de Lúcifer dizendo que o forte da América era o dinheiro. E se era assim, uma banheira era um agrado quase que esperado.

Encheu a mesma em tons mornos, deixando-a com um sal de banho delicioso que encontrou ali, e mesmo que fosse estranho agir como se estivesse num hotel de férias quando na verdade se era refém, não parou para pensar muito na boa gentileza da mafiosa oferecendo aquelas regalias à eles.

— Não sei onde tem roupas limpas, mas acho que você não vai precisar delas. – Riu calmo, aparecendo à porta e enquanto ela se dirigia para o banheiro ele tirou o colarinho romano e o terno, ficando somente com sua camiseta social e a dobrando até o cotovelo.

— Se você diz... – A morena se despiu com calma, aproveitando para dar uma bela secada no padre. Tirou a blusa, a calça que vestia e entrou no banheiro, rindo da cena que viu.

— Eu sempre imaginei reféns da máfia em masmorras escuras e molhadas. – Brincou, olhando para trás e se deparando com Fábio rindo de si. Sua mão estava apoiada no queixo, enquanto ele se aproximava, tomando o ar de si.

— Vai me vigiar?

— Melhor. Vou cuidar de você. – Respondeu sério, não deixando nenhuma malícia passar por si, e sem se importar, Gabriele se virou para a banheiro, retirando o sutiã e a calcinha, a última peça com uma lentidão que não passou despercebida pelo homem, que respirou fundo três vezes, tentando se controlar.

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