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Kai observa tudo em seu redor

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Kai observa tudo em seu redor. Nunca pensou que daria por si a fazer este caminho mais uma vez. Quando deixaram tudo isto para trás, pensava que tinha sido de vez. Ele prometeu a si próprio nunca mais se ver envolvido com eles.

Nos últimos meses, Kai evitou ao máximo a sua impulsividade de perpetuar a sua rotina. Não é capaz de se imaginar nessa situação sem o irmão. Esse pensamento traz consigo uma corrente de outros pensamentos. Sente-se a ir abaixo com a simples ideia que ainda não está nada fixo. Sim, Imogen vai ajudá-los, mas nem ela tem a capacidade de efectuar milagres. O futuro ainda é incerto.

Perscruta por cima do ombro. Imogen vem alguns metros atrás de si. O casaco de algodão está à cintura, ficando apenas com a t-shirt, na qual arregaçou o máximo que pôde as mangas. O rosto dela está virado para cima, como se estivesse a absorver todo o calor que lhe seja possível absorver.

Kai acende um cigarro e abranda o andar para lhe ser possível observá-la melhor. Imogen é alta, somente um palmo mais baixo do que ele que já é extraordinariamente alto. O seu cabelo pende para trás, como uma cascata de caracóis negros que lhe atingem a cintura. Embora os seus olhos sejam semelhantes aos kakois, ela não se parece de todo com um deles. Os seus lábios grandes e cheios estão entreabertos. Por breves momentos, tem um desejo súbito de descobrir como será beijá-los.

Imogen desperta da sua hipnose e abre os olhos, apanhando-o mesmo em cheio. O preto líquido cria uma dormência que se espalha como um vírus na sua mente. Mais e mais perguntas surgem a cada segundo. Sente-se, ao mesmo tempo, leve, como se o peso que carrega diariamente sobre os ombros desapareça no ar. Não sabe como, mas é ela quem provoca isso.

Obriga-se a desviar o olhar. Aqueles sentimentos são despropositados. Gritou na sua mente para que pare imediatamente, tenta fazer com que o seu coração bata mais devagar, mas tudo sem qualquer sucesso.

Os murmúrios fizeram-no voltar a procurar a rapariga. Ela fala agora com Annaleah, ambas entretidas com qualquer que seja o tópico. No espaço de três semanas, a relação entre elas cresceu. Só então apercebe-se da falta que uma outra rapariga deve ter feito a Annaleah, sempre rodeada de rapazes. Deseja, momentaneamente, que possa ser sempre assim, sabendo no fundo que o que pede não se vai concretizar.

Kai não é estúpido, sabia que Imogen não tem qualquer intuito em ficar com eles ou levar em frente o plano. Ela não se comporta como uma convidada, mas sim como uma prisioneira. Quando achar que eles não estão a tomar atenção a tudo o que faz, quando se sentir mais segura, Imogen tentará fugir. Contudo, ele estará lá para impedi-la. Pelo menos, até terem Aidan de volta.

Uma voz pequena e consciente pergunta-lhe se ele será capaz de deixá-la partir aquando atingirem o seu objectivo. Se se permitirá que ela vá embora quando não puder ajudá-los mais e seja essa a sua escolha. Dá consigo a responder que sim, apesar de algo nele sofrer com essa mesma resposta.

 Dá consigo a responder que sim, apesar de algo nele sofrer com essa mesma resposta

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Este é o primeiro capítulo na perspectiva do Kai. O que achaste?

Daqui para a frente, irão haver mais assim.

Até ao próximo.

Mas antes, não te esqueças da estrelinha.~

Atenciosamente,

a autora.

Filhos das RuínasOnde histórias criam vida. Descubra agora