Capítulo 21 - Você vai me apoiar?

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   Yuri ainda estava tentando processar o que Nickolas acabara de dizer. Adotar uma criança? Ser pai? Não era isso que ele tinha planejado para os dois.

— Eu..eu vou esperar lá fora. — disse, saindo. Nickolas suspirou, deixando Yuri de lado e dando atenção ao pequeno bebê que dormia como anjo no beiço.

— Ele parece não ter gostado muito da ideia. — o médico comenta.

— Infelizmente. Mas não vou abrir mão desse bebê, mesmo que para isso eu tenha que perder Yuri. — diz Nickolas tristonho. Era uma difícil. Amava Yuri, porém o bebê precisava mais dele do que o maior precisava. Suspirou confuso.

— Eu vou falar com a assistente pessoal responsável por ele. Se você tiver sorte, ira conseguir rápido a guarda do pequeno. — ditou, saindo da sala deixando Nickolas e o bebê.

— Eu vou cuidar de você pequeno. Mesmo que para isso eu tenha que deixar quem eu amo. —  Nickolas murmura, com os olhos lacrimejados.

*****

   Nickolas apareceu na sala, onde Yuri estava, sentando, com as mãos nos no rosto. O menor sentou ao seu lado e apenas tocou levemente seu rosto.

— Vamos. Precisamos conversar! — fala, logo levantando com Yuri andando atrás de si.

NO APARTAMENTO!

   Nickolas estava sentado no sofá enquanto Yuri estava em sua frente, em uma das poltronas. Ambos estavam em silêncio, em uma batalha  que nem um queria perder. Yuri estava até frustado por ser tão diferente com esse garoto. Amava ele de uma forma tão grande, que vê-lo ali, triste, também o deixava triste, porém não ia voltar atras. Não tinha capacidade para cuidar de uma criança assim como sabia que Nickolas também não tinha. Nem sabia se cuidaria direito do bebê que Helen cuidava e também não queria que aquele lindo bebê, assumisse, quando estivesse maior aquela sujeira toda que era a mafia. Sentiu o celular o vibrar no bolso. Tirou o mesmo vendo que era Jhames.

— É, com licença. — ditou, quebrando o silêncio e saindo da sala.

Yuri? — disse Jhames, do outro lado da linha.

Eu conseguir o visto e os documentos necessários de Nickolas. — diz, fazendo o mesmo lembrar que algum dias atras, mandou Jhames organizar toda essa burocracia. Era para ser uma supresa, para ser comemorada daquela maneira, mas as circunstâncias que estão, não tinha o que se comemorar, não para ele.

Tudo bem! Mande para esse apartamento, okay. Logo estarei para resolvemos o problema de Yara. Até mais. — ditou desligando o celular voltando para sala.

— Então, não vai falar nada? — Yuri fala, olhando para Nickolas.

— Não tem nada a se falar Yuri. Eu já decidir. Não vou desistir daquele bebê. — ditou, seguro.

— Tudo bem. Eu te entendo. Não conte comigo para nada. — fala, deixando Nickolas perplexo.

— Yuri, ele é só uma criança. Precisa de alguém para cuida-lo! — diz, tentando convencer o mesmo. — E eu estou disposto a enfrentar tudo e a todos para ficar com ele. Não sei explicar, mas é como se fosse minha obrigação.

— Eu queria poder te ajudar, queria também ser pai. Mas não to preparado para isso. Não to preparado para ve um filho meu em perigo a todo momento. Não quero que quando cresça, seja obrigado a assumir todo esse mundo podre. Não estou disposto a isso. — responde, com as mãos no rosto.

— Tudo bem, eu entendo. Mas se não vai me ajudar, alguém irá. — fala, quase em um sussurro.

— Quer dizer que... — Yuri “pergunta” sem acredita.

— Sim. Estou disposto a aceitar que outra pessoa me ajude, e ocupe um lugar bem mais grande de que cuidador. — fala, vendo Yuri ficar possesso de ódio. Avançou no braço de Nickolas, apertando os mesmo assustando o garoto.

— QUEM É ESSA PESSOA NICKOLAS? FALA! — grita Yuri, logo sentindo o rosto arder por um tapa, desferido por Nickolas.

— NÃO VOU ADMITIR QUE ME TRATE ASSIM SEU FILHO DA PUTA.— diz, puxando o seu braço da mão de
Yuri. — VAI EMBORA! — grita, abrindo a porta, e Yuri o olha perplexo. Saiu sem falar nada. Nickolas sentiu seus olhos lacrimejarem, porém não permitia que as mesmas caíssem. Era orgulhoso para admitir que a saida de Yuri dali tinha o afetado. Ainda mais agora, que ele estava sozinho.

Mas ele iria se reerguer. Nem que precisasse sair daquele país.

Perdão por qualquer erro.

Meu Mafioso - (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora