capítulo 5 - pseudônimo

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- Você sabe seu nome?

- Lohany Harris Murphy, mas eu não gostaria de usar o Murphy.

- Porquê?

- Eu não me orgulho de carregar o mesmo sobrenome que o meu marido. 

- Qual o nome do seu marido?

- Bennet Murphy.

- Você tem filhos?

- Tenho dois. Na verdade, um.

Lohany é considerada sã, e é levada para uma penitenciária feminina, longe de Bennet.

Na delegacia, Cordelia inicia uma conversa com Bennet.

- Como está indo preso, Bennet?

- Ora, Cordelia, estou indo parado.

- Você está num interrogatório em relação à morte do seu filho, acha que é hora para brincadeiras?

- Pessoas mortas não aparecem em noticiários como vivas.

- Aonde você viu isso?

- Várias vezes, afinal, o garoto é famoso. Quando saí da penitenciária, um guarda estava ouvindo rádio: "Raul Murphy na verdade está vivo", e depois quando cheguei aqui, a televisão estava ligada.

- Era melhor você não ter esse conhecimento agora.

- Bom, mas eu tenho. E eu vou ser solto agora, não vou?

Cordelia ri.


Rafael e Clara estão observando a interrogação através de um vidro, onde Bennet e Cordelia não podem os ver.

- O que você acha disso? - questiona Rafael para Clara.

- Isso?

- Sim. Uma irmã questionar o irmão. Eles são da família.

- Eticamente o general não os considera como irmãos. - responde Clara.

- E porque não?

- Ela não o considera, e como ela tem a confiança do general... 

- Você não acha que há muito por trás dela? Tipo, que ela quer algo com isso?

- Rafael, ela foi contratada pelo próprio Louis Murphy, e como herança, ela tem muito.

- Mesmo assim, algo nela me incomoda...


Raul não está mais em uma cela, porém não pode sair da delegacia, e possui limitações para andar nela, além de estar acompanhado por um guarda. 

- Você realmente tem que ser minha sombra?

- Sim. - responde o guarda com uma voz grossa.

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