Suicide

Capítulo 7 - Insanidade

Outubro, 22

Markley faz uma ligação para Evans. Após investigações dos demais detetives, eles descobriram que Bennet teve várias chamadas de vídeo e conversas por chat com um homem brasileiro, chamado Augusto Torres. O jovem de 21 anos faz parte de uma gangue privada brasileira, composta por matadores de aluguel, uma das maiores do Brasil. Eles descobriram muitas coisas sobre essa gangue, que já foi denunciada para os policiais brasileiros. Augusto receberia três milhões de reais para assassinar Raul, mas esse dinheiro não passou nem perto de sua conta. Extraindo informações das conversas entre os dois, ele usaria esse dinheiro para pagar a passagem de ida e volta para o Canadá, tudo em seu nome para que Bennet não fosse envolvido nisto. Assassinaria Raul pela semana, e voltaria para o Brasil, como se nada houvesse acontecido. Mas uma última chamada no dia 29 de agosto fez com que o plano de Bennet não desse certo. A polícia não conseguiu identificar a pessoa que conversou por vídeo com Augusto, mas certamente ela estaria se passando por Lohany, e teria cancelado todo o plano. O que eles descobriram também, foi que uma transição da conta de Bennet foi feita por ele mesmo, mas para a conta de "Henrique Lavigne". Chegando mais á fundo nas mensagens, Augusto que mandou esta conta para ele, certamente seu celular foi hackeado, e usado para mandar as mensagens engando Bennet. Agora com tudo esclarecido, quem mais poderia ter assassinado Raul, e quem seria Henrique? - se pergunta Markley - Quando algo parece estar completo, imperfeições surgem.

Na Bodwell, Margot finalmente é convencida a entrar no campus, para pelo menos conversar com os coordenadores. Antes de ir para a longa conversa que terá com eles, Margot vai ao banheiro. Toda a escola foi limpa, depois do ataque sangrento que até hoje não foi descoberto o porquê, mas mesmo assim, marcas vermelhas ficaram entre as frestas dos pisos. Essas, sairão se possível daqui alguns anos, pensa ela. Caminhando pelos corredores, todos os alunos olham para ela com receio de que ele irá endoidecer e sair gritando ou agredindo-os, mas ela os ignora, e apenas segue seu caminho. Atravessando a cantina, e o refeitório, ela chega no corredor daria destino ao banheiro em que ela encontrou Bárbara morta. Ela para. Olha profundamente na porta do banheiro. E resolve ir em outro, o mais longe possível.
Depois de subir várias escadas, ela finalmente acha um banheiro menos aterrorizante. Lavando as mãos, as luzes começam a piscar. Margot ignora e continua sua higiene, até que ao olhar para o espelho, percebe que há alguém te observando atrás da porta de uma das cabines. Ela pensa em correr, pois está assustada, ainda mais depois de perceber que é um garoto, mas mesmo assim, resolve ver quem é. Caminhando lentamente, as luzes parecem piscar com mais frequência. Ela abre a porta, e encontra Raul, todo ensanguentado, e com um pedaço de vidro enfincado em seu pescoço. Margot grita e corre o mais rápido que pode. Ao descer as escadas, ela tropeça em seus próprios pés, e cai escada baixo. Rolando como uma bolinha na escada, ela vê Raul a observando de cima da escada, como se ele estivesse feliz com o ocorrido. Finalmente ela chega ao chão, mas desacordada.

Ally que vê Margot caindo e corre para salvá-la, mas chega tarde demais. Vendo ela estirada no chão, Ally grita por ajuda. Os alunos que estavam por ali se aglomeram em sua volta, chamando a atenção do diretor com altas conversas. Desesperadamente, ele tenta se enfiar no meio dos alunos para ver o que está acontecendo, e ao ver ela no chão ele rapidamente telefona aos seus pais, que recusam a ligação. Ele então à leva para sua sala, para que tente acordá-la. Ally corre até a sala dos coordenadores que estavam esperando Margot, dizendo que ela caiu da escada e está na sala do diretor. Eles vão até lá preocupados. Ao entrar, eles não deixam que Ally á veja, mas depois de pressão com suas palavras, eles acabam cedendo.

- Eu não sei, - responde Ally - estava procurando-a, quando ouvi o barulho que ela fez ao cair da escada. Foi trágico. Eu tentei correr para pegá-la mas não deu tempo.
- Tinha alguém em no andar de cima, que poderia ter a empurrado? - pergunta um dos coordenadores.
- Não tinha mais ninguém com ela. Ela estava psicologicamente abalada, não duvido que estaria viajando no mundo da lua.