Talvez seja um erro meu esperar das pessoas. Se eu me sinto sozinha, se eu me sinto afundando talvez seja um erro meu. Eu deito no sofá pensando na conversa que não aconteceu, no abraço que não foi dado, no convite que não foi feito, na cadeira que ficou vazia. Deito no sofá e meu corpo imerge, é como se eu fosse derretendo no sofá, submergindo nele e sentindo meus ossos ficarem. O que me era estrutura agora é passado, o que era sustento agora é lixo, meus ossos ficaram e meu corpo vai desfalecendo, meu coração ainda bate rápido e se esquece que não tem mais proteção torácica. Foi a negligência que me derreteu, brinquei com fogo e derreti. Vou colocar a culpa em mim, nos hormônios e momentos deprimidos, culpa nos traumas, nos medos, nunca em ninguém, não é possível que a negligência se repita tanta vezes e seja sempre culpa das pessoas.
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Silêncio que se lê
PoetryO silêncio guarda nossos sentimentos mais profundos, o silêncio fala verdades, emite certezas e incertezas. O silêncio é único que entende a confusão, que no meio do breu, se expande sorrateiramente ocupando o espaço da tristeza. Existem momentos qu...