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Gael

Neguei com a cabeça e ri. A porra tá gastando com a minha paciência, slc.

E todo mundo sabe que paciência não é uma palavra conhecida pra mim.

Gael: Tá achando que eu nasci ontem né. - falei e ela me olhou sem entender. - Tô nessa de patrão a mó cota, já perdi a conta de quantas vezes já tentaram passar essa pra mim, Ellen.

Já perdi a conta de quantas gurias tentaram essa de gravidez, e foda que eu acreditei uma vez.

Pra nunca mais também, aquela vadia só fudeu comigo.

Ellen: Eu tô falando que o filho é teu, estou de 3 semanas. - diz e eu sentei na cadeira.

Gael: Sem tempo, irmão. - dei de ombros. - Eu só quero saber quem estava ajudando tu e aquele verme a fugir.

Na moral, já tô perdendo a pouca paciência que tenho. Mão já tá coçando pra meter bala pô.

Ellen: Eu já disse que não sei, eu não ia fugir. - começou a chorar. - Eu te amo, Gabriel.

Respirei fundo, passei a minha mão pelo meu cabelo. Porra de mulher fingida do caralho.

Gael: Para de cena, tô avisando caralho, minha paciência já tá acabando. - tirei a minha arma da mesa.

Ellen: Eu juro pelo nosso filho, EU NÃO SEI. - gritou e eu rolei os olhos.

Gael: Ultima chance, ou eu meto a porra da bala nessa tua cara. - levantei já no ódio.

Ellen: EU JA DISSE QUE NÃO SEI, IDIOTA. - gritou tentando se soltar.

Gael: Então diz oi pro capeta. - soltei o gatilho.

A bala acertou em cheio na testa dela, expirou um pouco de sangue no meu rosto.

Tirei a minha camisa e me limpei. Fui até o corpo dela e passei a minha mão pelos bolsos, acabei achando o celular dela.

Bloqueado com senha...

Coloquei o celular no meu bolso, guardei a pistola na cintura.

Gael: Limpem tudo e se livrem do corpo dela. - falei saindo pela porta.

Os valores me olharam rapidamente e entraram no forno sem falar nada, deixando mais dois soldados na porta.

Subi na minha moto e guiei pra bocada principal. Entrei na sala e me joguei no sofá.

Isis

FP: Tá entregue, feia. - tentou me fazer rir. - Ei mina, fica assim não pô.

Isis: Valeu Fábio. - dei um abraço nele.

Entrei em casa e me joguei na cama, nem me importei com o fato de ainda estar de roupa.

A minha mãe sabia que iria morrer... E eu não pude fazer absolutamente nada.

Fiquei com aquelas palavras passando na minha mente...

•••

Acordei com uma dor de cabeça horrível, ainda era 07:17 da manhã quando eu saí do banheiro.

Me arrumei, peguei o meu celular e vi ele o mesmo estava descarregado. Cacei o carregador pelo meu quarto, estava dentro do guarda roupa.

Coloquei o celular pra carregar e sai pra fazer as compras da semana. Já ia aproveitar que hoje o estudo só abre pela tarde.

Gael: Iae solzinho. - me puxou de leve e eu olhei pra ele.

Isis: Ah é você. - fingi desgosto e ele riu.

Entrei no mercadinho do seu Cloves, ele é padrasto da Ellen. Acho que é o único parente vivo dela, sei lá.

Gael: Precisa fingir não, sei que gostou. - rolei os olhos.

Isis: Se ilude não. - peguei um carrinho. - Tá me perseguindo é?

Ele deu de ombros e não falou nada. Guiei pro fundo do mercado, pra começar pegando alguns matériais de limpeza.

Gael: Já tá sabendo? - perguntou depois que eu coloquei o sabão em pó no carrinho.

Isis: Do que? - questionei e ele passou a mão pelo rosto. - Fala Gabriel, sabendo do que?

Lara: FOI CULPA TUA. - gritou jogando a bolsa em mim.

Mas o Gael me afastou antes. Olhei pra amiga da Ellen sem entender nada.

Isis: Tá doida mina? - perguntei e ela riu se aproximando.

Lara: ELE MATOU A MINHA AMIGA POR TUA CAUSA, SUA VADIA. - tentou me puxar.

Gael: Sai daqui mina. - falou sério, ficando na minha frente.

Lara: SEU MONSTRO. - pulou em cima do Gael.

Já tinha várias pessoas olhando pra nós. Algumas cochichando e outras só olhando mesmo.

Gael: Fica na tua porra. - empurrou a Lara. - Não fala merda que tu não sabe.

Isis: Quem você matou? - perguntei nervosa, mesmo que no fundo eu saiba quem.

Lara: Vai se fazer de sonsa agora? - se levantou do chão. - Todo mundo sabe que o Gael matou a Ellen por tua causa, marmita de traficante.

Olhei ao redor e as pessoas ficaram falando várias coisas, o Dedé apareceu junto de mais alguns vapores.

Isis: Tá drogada mina? - me afastei do Gael.

Gael: Levem essa aí pro forno. - diz pra um vapor. - Circulando porra, tem show aqui não.

Os valores pegaram a Lara pelo cabelo, deu mó pena da mina.

Lara: ME SOLTA, ME SOLTA. - gritou se debatendo no chão.

Pegou um tapão na cara, um dos vapores que deu.

O povo foi saindo e eu me apoiei no carrinho.

Dedé: Tá bem prima? - perguntou me olhando da cabeça aos pés.

Isis: Eu tô sim. - digo e olho pro Gael. - Por que você matou a Ellen? E por que diabos tão colocando a culpa em mim?

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