Isis
Estava terminado de colocar a minha calça quando o Gael entrou no quarto, me olhou da cabeça aos pés e seguiu direto pro banheiro.
Isis: Vai ficar sem falar comigo até quando? - perguntei parando na porta do banheiro.
Ele estava assim porque eu aceitei me encontrar com o Sandro, ele não poderá ir pelo fato de que irei ficar rodeada de policiais.
Gael: Só acho que é perigoso demais, mas tu que sabe. - me olhou e voltou a tirar a roupa dele.
Não falei mais nada, segui pro corredor e ouvi o Gael gritar um "eu te amo, solzinho". Gritei de volta e desci a escada.
Entrei no carro e guiei até a barreira, o Dedé me olhou e me fez parar o carro.
Dedé: Tu sabe que vai ter segurança de longe, e eu não tô ligando se tu quer ou não. - falou e eu só balancei a cabeça.
Isis: Já era de se esperar, mas só quero que eles fiquem de longe. - ele balançou a cabeça e beijou na minha testa.
Dedé: Qualquer coisa, já sabe né. - falou e eu afirmei. - Te vejo em duas horas.
Liguei o carro novamente e sai do morro, iria encontrar o Sandro em um apartamento na Tijuca.
Ele falou que não queria chamar a atenção, e ninguém iria pensar que ele estivesse por lá.
Rodolfo: Iremos entrar depois de você, apenas 10 minutos. - falou pelo celular e eu afirmei.
Isis: Irei deixar o celular no carro, mas vou contar no relógio. - falei e desliguei.
Parei o carro em frente ao prédio e deixei o meu celular no banco do passageiro. Tirei a chave e sai do carro.
Senti o meu corpo todo arrepiar assim que entrei no elevador. Tentei afastar a sensação ruim e bati na porta.
Não demorou muito e o Sandro abriu a porta, o mesmo abriu um sorriso e eu fiquei seria.
Sandro: Pensei que não viria, meu amor. - me puxou e tentou me beijar.
Me afastei dele, o vendo fechar a cara e me encarar sério.
Isis: Já estou aqui, pode falar o que você quer. - cruzei os braços e ele sentou no sofá.
Sandro: É algo bem simples, eu quero que você fuja comigo. - falou e eu tentei não rolar os olhos.
Isis: E por que diabos eu fugiria com você, Sandro? - perguntei e ele balançou a cabeça.
O Sandro levantou do sofá e ficou de frente comigo, me segurando pelos ombros, apertando com força e eu até senti um incômodo.
Sandro: Acho que você não entendeu, Isis. - me olhou nos olhos. - Você vai fugir comigo, ou morre nas minhas mãos.
Balancei a cabeça e segurei o riso, mesmo sabendo que ele estava falando sério. Mas o prédio estava cheio de policiais.
O Sandro era procurando por vários assassinatos, roubos qualificados e a tentativa de homicídio da Mari.
Isis: Não vai me matar, ou já teria feito isso assim que eu entrei nesse apartamento. - me afastei dele.
Sandro: Tu já sabe que a tua cabeça está a prêmio entre os maiores? - perguntou e eu neguei.
Mas eu já sabia disso, o Coringa estava me ameaçando e eu nem sabia o motivo pra isso. Só não me deixei levar pelas ameaças dele.
Isis: Como assim? - me fiz de desentendida. - Do que você está falando?
O Sandro riu vitorioso e eu permaneci seria.
Sandro: É isso mesmo, o Coringa sabe que tu é filha da Madalena, ele não deixou muito claro o motivo, mas ele odeia a tua falecida mãe e você também.
Fiquei calada, minha cabeça imaginava milhares de supostas justificativas pra esse ódio dele.
Isis: Como você sabe disso? - perguntei e ele riu.
Sandro: Todo mundo sabe disso, Isis. - falou e eu me senti tonta.
Me apoiei no sofá, respirando fundo. O Sandro me olhou e eu fechei os meus olhos por alguns segundos.
Isis: Eu não vou fugir com você. - falei e vi que faltava apenas 2 minutos.
Sandro: Então vai morrer pelas minhas mãos. - tirou a arma da cintura e apontou pra mim...
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Amor Criminoso
Teen Fiction+17|| Difícil confessar que até me acostumei com você do meu lado me ensinando o que eu já sei. Ou eu te contando histórias da constituição sem lei.