Gael
A invasão da Bope durou quase uma semana, perdi em torno de 26 soldados, mas matei o dobro dos pretos.
FP: Tô te falando, o Sandro tá lá no Dendê, o Cafu viu ele por lá. - falou e eu olhei pra ele.
Gael: Só pode ser brincadeira cara, esses filhos da puta só querem me fuder. - falei já sem paciência.
Dedé: Agora é tempo de aumentar a proteção, fechar o morro e pegar mais soldado.
FP: Tá na hora de treinar os outros, deixar os mais velhos pelas barreiras e preparar os mais novos.
Esse mês tava sendo uma droga, as discussões com a Isis estavam ainda mais forte.
Faz quase dois dias que ela não fala comigo e tá foda. Sei lá, nem tive tempo pra porra nenhuma.
Cabeça pesa demais, mas se ela quer ficar nada, não vou fazer nada além de respeitar.
Dedé: Bora lá no Reco, tão num churrasco bom. - falou vendo no celular dele.
Gael: Tá, tô sem nada aqui mesmo. - levantei da cadeira e peguei a chave da ninja.
Guiei pra casa do Reco e já podia ouvir o pagode no alto, cheio de mulher e de parça.
Falei com alguns e puxei uma cadeira pra mim, tava na paz e só com o copo na mão.
- Oi Gael. - uma morena falou sentando do meu lado.
Gael: Fala tu. - ela me mediu e eu um sorrisinho.
- Que tal irmos ali no banheiro. - pegou no meu ombro e apertou.
Gael: Tenho mulher, corta essa. - avisei enquanto tragava um.
- Não estou vendo ela aqui. - olhou ao redor. - Então é sinal que ela não tá cuidando.
Deixei o copo na mesa e olhei pra ela, a vontade era de meter logo o tapão pra aprender a respeitar a minha solzinho.
Gael: Não interessa se ela está aqui ou não, sou fiel e totalmente dele. - apertei o queixo dela. - Então fica na tua ou te deixo careca.
Soltei ela e levantei da cadeira, o povo só olhou, mas ninguém fez nada, sabem as regras.
Fui ora outra rodada, o Dedé estava só de papo com o FP, geral dançando e comendo.
Mas eu não estava no clima pra porra nenhuma, minha mente guiava pra Isis.
Dedé: Tá foda mano, a mina não sai de casa pra porra nenhuma, tô ficando preocupado já.
Sentei na cadeira e peguei a parte da conversa deles.
Gael: Tão falando de quem? - perguntei na brodagem.
FP: Dá Isis, tu não tá lá com ela por que mesmo? - perguntou e eu fiquei parado.
Gael: Ela pediu pra ficar sozinha. - dei de ombros.
Dedé: Se tu... - parou de falar quando o celular dele tocou.
FP: Eita que a dona tá ligando. - brincou.
Eu fiquei só olhando, mas com um aperto no peito do caralho, sentimento ruim demais. Papo reto.
Dedé: Calma vida... porra Nina, fica calma, já viu falar pra ele. - desligou e me olhou.
Gael: Qual foi? - já tinha até levantado da cadeira.
Dedé: Eu sei lá, mas tem alguma coisa errada com a Isis, ela não para de chorar.
Porra, bateu uma angústia do caralho em mim.
Eu não falei nada, só balancei a cabeça e sai o mais rápido que pude e guiei pra casa da minha mulher.
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Amor Criminoso
Teen Fiction+17|| Difícil confessar que até me acostumei com você do meu lado me ensinando o que eu já sei. Ou eu te contando histórias da constituição sem lei.