• 34 •

26.7K 2.1K 739
                                    

Gael

A invasão da Bope durou quase uma semana, perdi em torno de 26 soldados, mas matei o dobro dos pretos.

FP: Tô te falando, o Sandro tá lá no Dendê, o Cafu viu ele por lá. - falou e eu olhei pra ele.

Gael: Só pode ser brincadeira cara, esses filhos da puta só querem me fuder. - falei já sem paciência.

Dedé: Agora é tempo de aumentar a proteção, fechar o morro e pegar mais soldado.

FP: Tá na hora de treinar os outros, deixar os mais velhos pelas barreiras e preparar os mais novos.

Esse mês tava sendo uma droga, as discussões com a Isis estavam ainda mais forte.

Faz quase dois dias que ela não fala comigo e tá foda. Sei lá, nem tive tempo pra porra nenhuma.

Cabeça pesa demais, mas se ela quer ficar nada, não vou fazer nada além de respeitar.

Dedé: Bora lá no Reco, tão num churrasco bom. - falou vendo no celular dele.

Gael: Tá, tô sem nada aqui mesmo. - levantei da cadeira e peguei a chave da ninja.

Guiei pra casa do Reco e já podia ouvir o pagode no alto, cheio de mulher e de parça.

Falei com alguns e puxei uma cadeira pra mim, tava na paz e só com o copo na mão.

- Oi Gael. - uma morena falou sentando do meu lado.

Gael: Fala tu. - ela me mediu e eu um sorrisinho.

- Que tal irmos ali no banheiro. - pegou no meu ombro e apertou.

Gael: Tenho mulher, corta essa. - avisei enquanto tragava um.

- Não estou vendo ela aqui. - olhou ao redor. - Então é sinal que ela não tá cuidando.

Deixei o copo na mesa e olhei pra ela, a vontade era de meter logo o tapão pra aprender a respeitar a minha solzinho.

Gael: Não interessa se ela está aqui ou não, sou fiel e totalmente dele. - apertei o queixo dela. - Então fica na tua ou te deixo careca.

Soltei ela e levantei da cadeira, o povo só olhou, mas ninguém fez nada, sabem as regras.

Fui ora outra rodada, o Dedé estava só de papo com o FP, geral dançando e comendo.

Mas eu não estava no clima pra porra nenhuma, minha mente guiava pra Isis.

Dedé: Tá foda mano, a mina não sai de casa pra porra nenhuma, tô ficando preocupado já.

Sentei na cadeira e peguei a parte da conversa deles.

Gael: Tão falando de quem? - perguntei na brodagem.

FP: Dá Isis, tu não tá lá com ela por que mesmo? - perguntou e eu fiquei parado.

Gael: Ela pediu pra ficar sozinha. - dei de ombros.

Dedé: Se tu... - parou de falar quando o celular dele tocou.

FP: Eita que a dona tá ligando. - brincou.

Eu fiquei só olhando, mas com um aperto no peito do caralho, sentimento ruim demais. Papo reto.

Dedé: Calma vida... porra Nina, fica calma, já viu falar pra ele. - desligou e me olhou.

Gael: Qual foi? - já tinha até levantado da cadeira.

Dedé: Eu sei lá, mas tem alguma coisa errada com a Isis, ela não para de chorar.

Porra, bateu uma angústia do caralho em mim.

Eu não falei nada, só balancei a cabeça e sai o mais rápido que pude e guiei pra casa da minha mulher.

•••

+100

Amor Criminoso Onde histórias criam vida. Descubra agora