Gael
O Ferdinando já tinha avisado, a Bope iria subir essa noite, foi na sorte o jantar de noivado da Marina ter caído no mesmo horário.
O cara é um informante lá dentro, filho de um puta traficante e só tá fazendo o serviço dele.
FP: Os soldados já estão preparados pra tudo. - avisou pelo radinho.
Já tinha formado tudo, várias equipes espalhadas pelo morro todo. Não iria deixar os pretos invadirem assim.
Dedé: As meninas já estão no blindado. - só balancei a cabeça.
Gael: O proceder é esse, é tiro na cara dos pretos, ninguém toma o meu morro. - passei a visão pelo radinho pra geral.
Dedé: Ainda bem que a Isis não está aqui, menos problemas.
Gael: Não quero aquela loira em perigo, vou pedir a diaba em casamento. - o Dedé me olhou.
Já tava com essa ideia na cabeça a mó cota. Eu não tinha motivo pra adiar isso.
A diaba loira já é minha vida mesmo, só falta ela dizer sim pra mim.
Dedé: Tá pedindo a minha permissão pô? - brincou e eu ri.
Gael: Não mesmo. - soprei a fumaça. - Preciso disso não.
Dedé: Tu é folgado demais, mané. - pegou o isqueiro da minha mão.
Gael: Falta pouco pra achar o Sandro. - avisei.
Ficamos por lá conversamos até ouvir o som de tiro.
- Mataram o CL, agora é hora. - um soldado avisou pelo radinho.
Dedé: Vou lá pra equipe 10, fé aí irmão. - tocou no meu ombro.
Gael: Fé, irmão. - falei e ele balançou a cabeça, indo com os outros.
Ajeitei a fuzil na mão e a munição, ficando com mais uns 12 soldados comigo.
Não iria perder o meu morro pros pretos e pra ninguém.
Gael: Atirem em todos os fardados, é uma ordem. - falei alto pros soldados que estavam comigo.
•••
Já tinha perdido a conta de quantas horas já haviam se passada, meu corpo estava em adrenalina pura.
O morro só era barulho de tiro, os moradores estavam todos em casa, alguns soldados feridos.
Só uns 7 mortos e eu já tava no alto, parei de contar quantos eu havia metido tiro.
Dedé: Bora Gael, o movimento tá perto da casa. - avisou pelo radinho e eu entrei no beco.
Gael: Não deixa subir, tem que ficar nas ruas da frente. - mandei e senti a minha perna arder.
Me virei e dei de cara com o Madureira, velho filho da puta.
Ajeitei o fuzil na mão e apontei pra ele. Já tem cota que ele tava na lista negra.
Madureira: Nos encontramos novamente, Gael. - me olhou da cabeça aos pés.
Gael: Ficou com saudades foi? - perguntei e vi o FP de longe.
Ele fez sinal e eu só balancei a cabeça disfarçadamente. Eu mesmo iria matar o velho.
Madureira: Sempre com piadinhas né, quero ver fazer piada na prisão.
Gael: Tá aí um bagulho difícil de acontecer. - fiz o sinal e o FP tirou na perna do Madureira.
O velho caiu no chão e eu aproveitei pra pegar a arma dele. Dando uma bicuda na costela do cara.
Gael: Cês tem que aprender, o meu morro ninguém tira. - me abaixei.
Fiquei cara a cara com o Madureira e apontei a arma na testa dele. Soltei o gatilho.
Levantei e limpei o meu rosto com a camisa. Sai fora sem nem me importar com o corpo no chão.
- Coé patrão, viram a Isis no beco da 28, tá ela e mais uma mulher.
Puta que pariu, ajeitei o fuzil na costa e subi na ninja...
•••
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Amor Criminoso
Teen Fiction+17|| Difícil confessar que até me acostumei com você do meu lado me ensinando o que eu já sei. Ou eu te contando histórias da constituição sem lei.