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Isis

Peguei o envelope e abri. Tirei a carta de dentro dele, senti meu coração falhar.

Isis: O quê significado isso, Gabriel? - perguntei assustada ao ver que era a letra da minha mãe.

Minha querida Isis.
Sei que faz muito tempo que você vem me pedindo pra lhe contar quem é o seu pai, mas a verdade é que eu nunca tive coragem suficiente para fazer isso, me desculpe.

Nunca tive uma vida fácil, você mais do que todos, sabe disso. Fiz de tudo para lhe dar uma vida digna e feliz, sei a falta que lhe faz crescer sem um pai, também passei por isso.

Se estiver lendo isso, é porque estou morta, fiz coisas no meu passado e sei o preço das minhas ações.

Espero que você me perdoe um dia, mas pro seu próprio bem, é melhor não procurar o seu pai.

Ele não é um homem bom, acredito que ele não seria alguém digno de ficar perto de você, eu também não era.

Saiba que eu sempre amarei você. Sempre será a única coisa boa que eu fiz na minha vida.

Terminei de ler, sentindo meu peito queimar. Céus, isso dói .

Gael: Por que está chorando, solzinho? - perguntou e eu coloquei a carta no meu bolso.

Eu estou completamente destruída por dentro. Não sei o que falar ou fazer.

Isis: Gabriel, eu... - limpei as minhas lágrimas e ele me abraçou.

FP: OPA! - entrou na salinha. - Não quis interromper o casal. - Algum problema, Isis?

Me olhou preocupado, olhei pra ele e neguei com a cabeça.

Gael: Qual o problema FP? - me soltou e ficou sério.

FP: O Sandro fugiu, pegamos a Ellen que já ia também. - falou.

Gael: COMO FOI QUE ELE FUGIU? - gritou com raiva e eu me apoiei na mesa.

Minha cabeça está latejando de dor, estou fodidamente acabada.

FP: Uma boa pergunta que você irá fazer pra tua mulher. - diz dando de ombros.

Gael

Raiva, essa é a palavra que me define agora. Eu estou cego pela raiva e sei muito bem como me acalmar.

Isis: Eu tô indo pra minha casa. - diz e eu olho pra ela.

Seu nariz está um pouco vermelho e não tem mais aquele sorriso de sempre.

Confesso que fiquei curioso pra saber o que diabos tem naquela carta.

FP: Eu te levo. - falou e a Isis balançou a cabeça. - Já mandei levar a Ellen pro forno.

Gael: Ok. - falo e saio da bocada.

A minha moto já estava na frente, subi nela e fui direto pro forno.

Tinha quatro vapores na porta. Olhei pra eles e os mesmo saíram da frente da porta.

Gael: Então a boneca tentou fugir de mim? - perguntei deixando a chave da moto na mesa.

A Ellen está amarrada na parede, com algumas marcas no rosto e nas pernas.

Ellen: Me tira daqui, eu sou a tua mulher. - diz um pouco alto.

Gael: Eu fiquei fora por uma semana, Ellen, a porra de uma semana e tu já tava sentando pra outro. - me aproximei dela.

Ellen: É MENTIRA. - grita e eu ri.

Gael: Não grita. - dei um tapa no rosto dela. - Eu não tô surdo não caralho.

Ellen: Mas ta cego. - cuspiu o sangue no chão. - Preferiu ouvir uma vaziazinha do que a tua própria mulher.

Sentei na cadeira e fiquei olhando pra ela.

Gael: Melhor pensar bem antes de falar alguma coisa da Isis. - falei e peguei um envelope na mesa.

Ellen: Aquela garota é uma vadia, igual a mãe dela.

Mostrei as fotos que o Dedé pegou no celular da Isis, mostrando a Ellen na cama com o Sandro.

Gael: Tu não era diferente, até um ano atrás tu dava pra qualquer um, só está assim porque eu te dei tudo. - levantei da cadeira.

Ellen: O sujo falando do mal lavado. - riu. - Eu sei a merda que tu foi no passado, Gabriel.

Gael: CALA A PORRA DA TUA BOCA. - meti o tapão na cara dela. - Tu sabe muito bem do que eu sou capaz.

Apertei o seu pescoço, nunca fui muito de agressão contra a mulher, mas a Ellen passou dos limites.

Ellen: Eu não consigo respirar. - diz baixo pela falta de ar.

Gael: Quem ajudou o Sandro a fugir? - tirei a ar da minha cintura. - Eu não vou perguntar de novo.

Ellen: Eu não sei... juro que não sei. - falou começando a chorar.

Gael: QUEM AJUDOU O SANDRO A FUGIR? - perguntei e atirei na coxa dela.

Ellen: SEU FILHO DA PUTA. - gritou e se mexeu na parede, fazendo sangrar ainda mais.

Gael: Eu ficaria parado. - dei de ombros e passei a arma pela perna dela.

E como eu acabei de usar, a arma é fodidamente quente. Vai deixar uma cicatriz feia.

Ellen: Isso tá doendo muito, me tira daqui Gabriel. - pediu e eu ri.

Gael: O problema não é meu. - apertei ainda mais. - Vamos Ellen, cadê a tua coragem agora?

Ri ao ver que ela já estava ficando fraca, soltei o pescoço dela.

Ellen: Vai me matar? Matar o teu filho? - pergunta recuperando o ar.

Gael: Filho? - me afastei dela.

Amor Criminoso Onde histórias criam vida. Descubra agora