Amor Criminoso

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Isis

O baile estava foda, tirando em conta a cena ridícula que uma das amantes do Delucca fez.

As vezes eu não sei como essas porras fazem essas merdas, mó vergonha alheia. Credo.

Fiquei rebolando até o chão com os funks e com a garrafa na mão, na base do equilíbrio.

Nina: Tô cansadinha, vou lá com o meu pretinho. - falou alto.

Bianca: Um dia eu falo isso. - fez cara triste, mas logo se animou com a música. - Mas agora vou curtir sem dono de buceta.

Isis: Maluca. - ri.

Um vapor do Delucca apareceu e ficou falando com a Alina, a mesma olhou lá pro camarote.

Alina: Tô indo lá no camarote. - disse alto por conta da música. - Patrão chamou.

Bianca: Usem camisinha. - falou rindo.

Isis: Não usem, quero sobrinhos. - brinquei e ela fez careta.

Alina: Vocês são ridículas demais, credo. - reclamou e sumiu no meio do pessoal.

Voltei a dançar junto com as meninas, fazendo passinho e rebolando até o chão.

Senti alguém me segurar pela cintura, virei o meu rosto, dando de cara com um moreno.

Isis: Oi coisa linda. - falei e ele sorriu.

Um puta sorriso do caralho.

Nati: Chegou, Preto. - deu uma garrafa de bebida pra ele.

Preto: Terminei o serviço agora. - falou e voltou a me encarar. - E quem seria a Barbie aqui?

Fiquei olhando pros lábios carnudos dele, um Preto é Preto..

Isis: Prazer, Isis. - me apresentei.

Preto: Leandro, vulgo Preto. - beijou perto da minha boca.

Mudou de música e o Preto quis dançar comigo e eu aceitei.

Gael: Isis. - ouvi a voz dele e parei.

O Preto me olhou e depois olhou pro Gael, o mesmo estava de cara fechada e com pose de poderosão.

Isis: Quê? - perguntei rolando os olhos.

Gael: Vamos embora. - ficou sério e eu ri.

Isis: Vai você, não sou obrigada. - mas o bastardo continuou parado.

Gael: Temos assuntos pra resolver, Isis. - segurou no meu ombro.

Isis: Me deixa, não temos nada para conversar. - falei tirando a mão dele de mim. - Não sou nada sua, lembra?

O Gael rolou os olhos.

Gael: Vai ser por mal então. - falou e me carregou.

Isis: Me coloca no chão, Gabriel. - bati na costa dele.

Gael: Fica quieta, Isis. - bateu na minha bunda.

Isis: Cara, tu é muito escroto.

O povo foi abrindo caminho, ainda bem que eu estava usando short, ou iria pagar calcinha.

O Gael só me colocou no chão quando paramos na frente do carro dele.

Gael: Entra no carro. - neguei. - Entra no carro, Isis.

Isis: Você não é meu dono, não sou obrigada a entrar ou fazer qualquer coisa apenas porque você quer.

Me afastei do carro e do Gael, mas ele veio para perto de mim.

Gael: Desculpa, mas por favor, vamos pra casa. - fiz cara de debochada. - Eu realmente quero falar com você, Isis.

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