Voltei para dentro da casa e me sentei ao lado da Mari, não tinha como sair daqui.Era perigoso demais voltar pro morro, mas a minha família toda esta lá.
Rodolfo: Algum problema, Isis? - perguntou e todos na mesa olharam para mim.
Eu sabia o que ele queria, mas eu não iria dar esse gostinho pra ele.
Isis: Não vou poder voltar pro morro hoje, mas o senhor já sabe disso. - falei com a maior calma do mundo.
Mari: Pensei que fosse ter amanhã, pai. - perguntou sem me olhar.
Só balancei a cabeça. Minha mente estava toda no morro, o meu irmão, nos meninos e no Gael.
Rodolfo: Foi o Madureira que escolheu. - deu de ombros. - Você pode ficar aqui, Isis.
Olhei pra e dei um sorrisinho falso.
Isis: Não precisa, tio. Eu tenho um apartamento no Leblon, vou ficar lá por enquanto.
O Gael me deu aquele apartamento na semana passada, ele já estava no meu nome e tinha total segurança.
Rayssa: Quando comprou? - olhei pra ela.
Isis: Já faz algum tempo, estava pensando em sair do morro. - menti.
Rodolfo: Fez bem, um morro não é seguro pra ninguém.
Eu não respondi nada, o jantar continuou e eu fiquei com o peito apertado demais.
•••
Entrei no carro e sai do condomínio, foi só fazer a curva na outra rua e eu acelerei.
Já conhecia todas as entradas do morro, parei só pra ligar pra Nina, eles devem estar no quarto blindado.
•• Ligação
Isis: Vocês estão bem? - perguntei enquanto desviava de um carro.
Nina: Estamos no blindado, mas não sei lá fora.Não é seguro voltar pra cá, amiga. - falou meio alto.
Isis: Ainda não diminuiu? - os sons estavam muito próximos da casa.
Nina: Eles subiram no alto, atirando sem nem se importar se era morador ou bandido.
Isis: Cadê a Flavinha? - perguntei e ouvi a voz da Ana.
Flávia: Tô aqui, more.
Isis: Tô chegando, vou desligar.
•• Ligação
Dei a volta e entrei por uma rua baixa do morro, abri o fundo falso do banco e tirei duas 380 e munição.
Deixei no carro por lá e subi pela 34.
Os tiros estavam por todo lado, fazendo um barulho assustador. A sorte é que o Dedé e o Gael me treinaram.
Já tinha feito um curso de técnico de enfermagem, já que os meninos não podiam subir pro hospital.
- Me ajuda moça. - olhei pro beco e vi uma senhora no chão.
Corri até ela e me abaixei, ela havia sido atingida por bala perdida.
Isis: Fica calma, eu vou estancar o sangramento. - falei enquanto rasgava uma parte da blusa dela.
- Eu não sei o que aconteceu, o meu menino sumiu. - falou já ficando calma.
Amarrei forte o pano na perna dela, não iria conseguir tirar a bala agora, estava escuro demais.
Isis: Entra nessa lojinha aqui, e fica bem escondida, em breve mando alguém buscar a senhora.
Ajudei ela a levantar e tudo mais.
Mudei de rumo, indo em direção a minha casa. Eu precisava ajudar os meninos.
Já que era regra, em invasão era só ir lá pra casa e eu iria ajudar no que pudesse.
Cortei por alguns becos, mas fui empurrada na parede, batendo a minha cabeça com força.
Fiquei no escuro por alguns segundos, mas logo a minha visão voltou.
Isis: Ficou maluca, caralho? - ajeitei a pistola na minha mão...
•••
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Amor Criminoso
Ficção Adolescente+17|| Difícil confessar que até me acostumei com você do meu lado me ensinando o que eu já sei. Ou eu te contando histórias da constituição sem lei.