Isis
Sentei em frente a penteadeira, já tinha deixado tudo pronto pra me arrumar, faltava só duas horas pro jantar.
Gael: Pra que tudo isso? - perguntou aprontando pras maquiagens na bancada.
Isis: O sonho de toda mulher, meu amor. - falei e ele balançou a cabeça.
A verdade é que eu tinha praticamente tudo, eu fui comprando com o dinheiro das sessões.
Gael: Tu nem precisa de nada, é linda ao natural. - falou me olhando pelo espelho.
Isis: Você é muito suspeito pra falar isso, amor. - ele só balançou a cabeça negando.
Gael: Que horas tu vai volta de lá? - perguntou e eu fiquei limpando o meu rosto.
Isis: O jantar começa às 19, acho que antes das 23 eu já tô aqui. - o Gael sentou na cama.
Gael: Vou mandar soldados pra ficar na cola, não confio no pai da Marina. - me olhou e voltou a mexer no celular dele.
Continue a me maquiar e nem falei nada, ele estava certo. O pai da Marina é um ótimo homem e sempre me tratou bem, mas é um dos chefes na Bope.
Isis: O que acha? - me virei pro Gael.
O mesmo me olhou por alguns segundos, levantou da cama e ficou de frente comigo.
Já tinha terminado de me maquiar e só faltava vestir a minha roupa.
Gael: Que você é a mulher mais perfeita e gostosa do mundo. - falou e eu ri. - É sério mané, fica linda de qualquer jeito, mas nua é a minha preferida.
Isis: Você é muito fofo, cara. - dei só um beijinho nele.
O batom era matte mesmo.
Gael: Vai na minha Lamborghini, tem munição no fundo falso. - olhei pra ele, o mesmo deu de ombros. - Nunca se sabe né.
•••
Sai de casa e já tinha carro com os soldados dentro. O JP estava no carro da frente.
JP: Tu é feiona, credo. - fingiu se assustar.
Isis: Sai dessa, cara de cu. - ele só riu e eu olhei pro Gael.
O mesmo estava só olhando tudo e conversando com o Dedé. Os dois estavam sérios demais.
Isis: Por que estão de cara fechada? - perguntei e o Dedé me olhou.
Dedé: Nada não, maninha. - deu um beijo na minha testa e foi falar com os soldados.
Me virei pro Gael, o olhando sério e ele devolveu o mesmo olhar. Alguma coisa estava errada...
Gael: Vai chegar atrasada no jantar da tua amiga, solzinho. - me abraçou forte.
Isis: Não vou me atrasar dirigindo aquele carro. - ele só balançou a cabeça.
Gael: Tu não tá em Velozes e furiosos não, minha nega. - só fiz careta. - Vai lá pô, te amo.
Isis: Também te amo, até depois. - sai do abraço dele e segui pro carro.
•••
O jantar já estava quase no fim, mas eu só queria ir pra casa, só sentia o meu peito doer.
Eu já tinha certeza que alguma coisa estava muito errada no morro, mas também não poderia levantar suspeitas.
Já tinha me arrependido de entrar nesse condomínio e nessa casa. Nunca gostei do Maurício.
Leda: Já escolheram a data do casamento? - perguntou pra Mari.
Rayssa: Estamos entre novembro e dezembro, mãe.
Claudia: Novembro pode ser melhor, será um mês menos movimentando e bem perto do seu aniversário, Mari.
Eu fiquei apenas prestando atenção na conversa, senti o meu celular vibrar no bolso.
Tirei o mesmo e vi o JP ligando. Ele e os outros estavam só algumas ruas do condomínio.
Não queria colocar eles na mira do Rodolfo, pai da Mari. O mesmo estava prestando bastante atenção em mim.
Isis: Eu preciso atender essa ligação. - falei pedindo licença.
Rayssa: Pode ir, mana. - só balancei a cabeça.
Sai da sala de refeições da casa e fui pro quintal.
•• Ligação
Isis: Algum problema, JP? - olhei ao redor.
JP: Vamos ter que voltar pro morro, está tendo invasão. - avisou e eu ouvi o som do carro. - A Bope tá subindo pela barreira.
Isis: Só pode ser brincadeira. - respirei fundo. - Onde o fogueteiro tava?
JP: Aquele foi o primeiro a cair. - ficou em silêncio. - Tamo entrando pelos fundos do morro.
O barulho dos tiros foram ficando mais alto e a ligação caiu...
•••
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Amor Criminoso
Teen Fiction+17|| Difícil confessar que até me acostumei com você do meu lado me ensinando o que eu já sei. Ou eu te contando histórias da constituição sem lei.