Isis
Eu simplesmente me sentia vazia por dentro, como se existisse um grande buraco negro em meu peito.
Mas ao mesmo tempo eu sentia tudo, a angústia, o medo, a solidão e a saudade de alguém que não posso mais ver.
Eu perdi a conta de quantas vezes quis apenas sumir, fugir para longe de tudo, ficar somente com os meus pensamentos.
Não queria falar com ninguém, não sentia vontade de sair de casa ou até mesmo comer.
Flávia: Fala comigo, eu tô aqui amiga. - sentou do meu lado.
Nina: Ei, somos família. Fala o que tá acontecendo, Isis. - fiquei na cama.
Isis: Eu quero ficar sozinha, vão embora, por favor. - pedi sentando na cama.
Flávia: Não vamos embora, tu não tá bem. - segurou na minha mão.
A Nina fez o mesmo, olhei pras duas e comecei a chorar.
Minha mente estava cansada demais, eu já não sabia o que eu queria. Não queria fazer absolutamente nada.
Eu não queria ninguém, afastei o Gael por isso, não queria que ninguém me visse assim.
Nina: Eu vou ligar pro Gael, ele sabe mais sobre o que fazer. - falou e eu só balancei a cabeça.
Flávia: Não chora, ou eu vou chorar também. - me abraçou.
Esses dias não estavam sendo bons, as meninas ainda tentavam me animar, mas era como se eu não quisesse nada.
Eu sei, uma verdadeira droga.
Não demorou muito pro Gael aparecer, as meninas saíram do quarto.
O Gael me olhou e balançou a cabeça, vindo me abraçar.
Gael: O que está acontecendo com você, amor? - perguntei me fazendo olhar pra ele.
Isis: Eu não sei, mas dói demais aqui. - coloquei a mão dele no meu peito.
Gael: Olha pra mim, me perdoa por não ficar com você, mas eu tô aqui agora.
Isis: Eu não sinto nada, mas sinto tudo ao mesmo tempo. - o abracei com força.
Gael: Me fala o que eu posso fazer para isso parar, só não me deixa no escuro. - me fez olhar pra ele.
Era fácil demais, eu poderia mentir, dizer que estava bem, mesmo que já estivesse morta por dentro.
Mas era só olhar nos olhos dele que eu me sentia viva, conseguia sentir paz em seus olhos.
Isis: Só fica comigo, por favor. - pedi em sussurro.
Gael: Eu tô aqui, eu vou sempre estar aqui com você, não importa o que aconteça.
Ele deitou na cama e me puxou para deitar no peito dele, começou a fazer carinho nos meus cabelos.
Gael: Precisamos ir no médico, não poderei te ajudar sem saber o que realmente está acontecendo.
Isis: Tudo bem, eu quero. - sussurrei e fechei os meus olhos.
Me permiti chorar, chorar tudo que eu suportei por anos, eu não conseguia parar.
Gael: Eu te amo, Isis. - levantei a cabeça para olhar para ele. - Amo mais do que eu posso aguentar, não se esqueça disso.
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Amor Criminoso
Teen Fiction+17|| Difícil confessar que até me acostumei com você do meu lado me ensinando o que eu já sei. Ou eu te contando histórias da constituição sem lei.