Capítulo 1 - Algo está diferente

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       O barulho que fazia no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, não nos incomodava. Muitas pessoas se concentravam em seus vários aspectos emocionais. Alguns corriam como disso dependesse o futuro definitivo de suas vidas; outros caminhavam lentamente olhando de um lado para o outro a procura de alguém; muitos olhavam para fora do portão de desembarque com os olhos cheios de lágrimas de tristeza, alegria; poucos não sabiam o que estavam sentindo. Esse era o nosso caso. Estávamos em um grupo de nove amigos.

      Mark (loiro dos olhos azuis, cabelos longos até os ombros, rosto comprido fino, jeito calmo) caminhava do lado da apreensiva Laís (baixa, negra, cabelos pretos encaracolados até a cintura, possuía um olhar de anjo).

- Va-Va-mos pe-pegar as malas, Mar. – disse ela apressando os passos.

- Hei! – ele a pegou pelo braço. Fazendo-a parar. – Calma. – pediu olhando para os olhos castanhos – Você está muito inquieta hoje.

- Concordo com o Mar, Is – disse William (ruivo, magro alto, cabelos cacheados, olhar maroto) – Você sabe muito bem que ficar assim não é nada bom para você!

- De-Desculpas. – pediu baixando a cabeça voltando a andar diminuindo os passos.

- É melhor seguirmos logo, antes de perdemos o ônibus. – sugeriu Brenno (moreno pardo, de cabelos lisos pretos, olhos puxados; sério, sutil e penetrante) – Se o perdemos, teremos que esperar por outro que com certeza vai demorar. – continuou em um tom impaciente. Passando por eles, indo em direção da esteira das malas.

- Só podia ser esse enjoado mesmo! – comentou Fábio (moreno claro, musculoso olhos verdes, cabelos espetados para cima, rosto rústico, bastante extrovertido).

- Não vamos começar tá bom? – repreendeu-o Rebeca, calmamente (morena magra, alta, com cabelos pretos, lisos e compridos com franja) sabendo da rivalidade que existia entre os dois amigos.

- A Beca tem razão! – eu concordei com ela. Herber (branco magro, cabelos castanhos claro, olhos azuis escondidos atrás dos óculos, jeito de CDF, eu era o mais compenetrado da turma) – Você sabe muito bem, Binho, como o Ben é! – lembrei-o – E não é agora, quando mal chegamos, que vocês vão começar a brigar.

- Não sei por que, eu que tenho sempre que ceder. – reclamou inconformado, passando por nós e indo ao encontro de Brenno, na esteira.

      Olhei para Rebeca. E assim como eu ela balançou a cabeça, discordamos da atitude de Fábio.

      O restante dos adotados (um título adquirido por mim e mais sete amigos, carinhosamente, por termos sido adotados propositalmente) juntamente com os outros dois amigos que nos acompanhavam naquela viagem, Emilly Hamãm (loira dos cabelos longos e olhos azuis), e Jashon Ballard (moreno claro, do cabelo preto curtos, olhos bem pequenos), seu meio irmão, já se encontravam na esteira, pegando os restantes de nossas malas.

      Ao perceber que tinha sido o único que levava pouca bagagem, e que os outros estavam bastante enrolados com as suas próprias malas, Mark se ofereceu para ajudar a levar as malas de Laís, por isso encontrava-se bastante desequilibrado.

     Brenno aproximou-se para ajudá-lo.

- Eu te ajudo. – ofereceu-se Brenno puxando uma das malas de cima das mãos dele. Mas tal gesto atingiu alguém que vinha logo atrás dele.

- Ai! – gritou a garota loira magra de cabelos longos.

     As malas dela, que vinham em cima do carrinho de bagagem, caíram no chão.

    Brenno apenas a olhou, sem se mover, para prestar ajuda ou ao menos pedir desculpas.

    A menina olhou para ele chateada com tal falta de atitude.

O Símbolo - Uma Nova Vida- livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora