Capítulo 22- Simples fotos

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- O plano é o seguinte: entraremos no banheiro e deixaremos esse seguinte recado – Explicou Fábio para mim.

"Para a menina do banheiro: esse é o meu MSN – . Por favor, entre em contato comigo, pois preciso pegar de volta uma coisa que está com você.

Ass.: Menino do banheiro".

- O que acha?

       Encontrávamos-nos na entrada do salão. Analisei por alguns minutos.

- Parece bom! – disse entregado o bilhete a ele – Mas, se ela não vê o recado?

- Essa é a segunda parte do plano. – falou Fábio empolgado. Ele adorava aventuras – Porém, primeiro vamos praticar a primeira, e, se der certo, partiremos para a segunda.

- Ok. – aceitei.

       Pela lógica e a minha análise do dia anterior, o banheiro era menos movimentado perto do horário do almoço. Dessa vez, tentaríamos fazer a coisa certa. Chegando perto da porta do banheiro, paramos.

- Hei! – Fábio chamou uma menina que passava – Você pode me fazer um favor?

- Se estiver ao meu alcance. – disse ela, se derretendo com o charme dele.

       Fábio possuía o dom de fazer as garotas suspirarem mais profundo.

- Você pode, por favor, entrar nesse banheiro e ver se tem alguma garota?

       A menina olhou duvidosa para ele.

- É porque gostaríamos de saber se uma amiga nossa entrou aí?

- Ah tá. – ela aceitou a desculpa – Só um momento.

       Ele sorriu para mim e levantou o polegar direito dizendo: até aqui está dando certo.

       Menos de três minutos a garota voltou.

- Acho que não estão com sorte, pois não tem ninguém ai dentro não!

- Ah! Que pena. – Fábio fingiu decepção. – Mesmo assim, muito obrigado amor. – agradeceu ele beijando-a na testa.

- Por nada. – disse ela toda derretida.

        Fiquei pensando na forma como certos tipos de garotas são tão oferecidas. Aquele era um tipo que não me atraia. Por isso, estava fazendo de tudo para encontrar a menina do banheiro. Alguma coisa me levava a acreditar que ela era diferente.

- Vamos, Beto. – chamou-me Fábio quando a menina sumiu de nossa vista – Essa é a nossa chance.

- Você entra e coloca o bilhete, enquanto eu fico por aqui pastorando. – sugeri – Assim dá tempo de você se esconder, caso apareça alguém.

- Boa ideia. Estou indo. – avisou ele, entrando no banheiro.

       Fiquei andando de um lado para o outro, impaciente. Não saberia onde enfiar a minha cara, se de novo fosse pegue naquele banheiro. Com certeza, poderia ser levado até para a Diretoria por acusação de assedio sexual. Olhei de novo para o relógio. Os minutos não passavam. Mas parecia que eu estava ali, há muito tempo. Já tinham se passado quase cinco minutos. O recado não era tão grande assim. Por que ele estava demorando tanto para escrevê-lo?

- Pronto. – disse ele, surgindo nas minhas costas – Vamos embora.

- Deu certo?

- Perfeito!

         Saímos correndo dali.

- Agora vamos somente esperar e torcer para que ela entenda o recado. – comentei, quando já nos encontrávamos fora do salão.

O Símbolo - Uma Nova Vida- livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora