A festa começaria ás 20h e já eram 20h30m quando fomos buscar as meninas. As quais ainda não estavam prontas.
- Tô indo na frente. – disse Fábio, aparecendo num dos três carros que havíamos alugado naquele dia, depois do café da manhã. – Elas ainda vão demorar muito. – continuou de dentro do carro – Alguém mais quer vir?
Eu estava participando da minha primeira festa à fantasia, por isso não queria perder nenhum detalhe.
- Mar, Ben, Will, vocês vão ficar? – certifiquei-me.
- Pode deixar, Beto, a gente as espera. – dispensou-me Mark.
- Valeu. – agradeci entrando no carro.
Quando viramos o quarteirão olhei pra Fábio e me surpreendi com a sua fantasia.
- Você está fantasiado de quê?
- De esportista! – disse sorrindo.
Como nenhuma fantasia o havia agradado, Fábio produziu a sua própria fantasia. Usava uma bermuda com uma camisa de malha branca e calçava um tênis preto. Na cabeça, um boné e nas costas carregava uma mochila.
- Você está parecendo mais um calouro. – falei em meio às gargalhadas.
- Então estou indo para a festa certa. – me lembrou também sorrindo.
Brenno estava vestido de rabino, sentado na escada da área. Em pé do seu lado estava William fantasiado de um dos mosqueteiros. Os outros dois eram Jashon e Mark. O último andava de um lado para o outro, impaciente.
- Vocês estão lindos! – disse Rebeca acabando de abrir a porta.
Ela estava fantasiada de cigana. Laís apareceu logo atrás meio tímida dentro da fantasia de fada. Emilly surgiu na seqüência com a fantasia de mulher maravilha. Os olhos de William brilharam. Ela percebeu e apenas sorriu para ele.
- As outras meninas já chegaram. – anunciou Rebeca dentro do carro com Brenno, Mark, Wiliam e Laís.
- Mesmo? Legal! – Mark mostrou a sua satisfação em saber que as meninas não dormiriam mais sozinhas. – Como elas são?
- Parece serem legais. – confessou ela – Uma delas, Ben, é aquela garota que você derrubou as malas no aeroporto.
- Que legal! – Brenno deixou claro o seu desgosto enquanto os conduzia para festa.
Assim como toda festa, aquela não tinha nada de diferente, observei decepcionado. Eu estava fantasiado de Charles Chaplin. Vi quando os adotados chegaram. Fui ao encontro deles na porta de entrada.
- Cadê o Binho? – perguntou Mark.
- Sei lá. Ele foi pegar umas bebidas e não voltou mais.
- Deve estar azarando alguma menina. – disse William.
- Com aquela fantasia? – ironizei ao lembrar que ele estava fantasiado de esportista.
- O Binho não precisa de nada para conquistar alguém! – afirmou Rebeca na defesa do amigo, sabendo do dom de conquistador que Fábio possuía.
Emilly afastou-se com Jashon, deixando bem claro que queria ficar o máximo possível longe de William.
- Tudo tem o seu tempo cara. – coloquei a mão no ombro dele e disse ao perceber sua tristeza – Nunca se esqueça disso.
- Pode deixar. – William sorriu retribuindo a força – Vou procurar o Binho.
No andar superior o mesmo homem que tinha surgido do jardim da república masculina na noite passada, nos observava com um sorriso indecifrável no rosto.
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O Símbolo - Uma Nova Vida- livro 1
Mystère / ThrillerMark, William, Brenno, Fábio, Rebeca, Laís, Erin e eu somos oito jovens em busca de nossa verdadeira origem. Isso, porque, quando bebês, fomos abandonados na porta de oito famílias diferentes, e, consequentemente, adotados por eles. Eis o porquê de...