Capítulo 34- A Esperança é a última que morre

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- Foi como se eu estivesse em um filme. – confessei, quando já nos encontrávamos no porão da RM.

       Como de costume: Brenno e Mark sentados no último degrau da escada. Fábio, Rebeca, William e Laís no colchão velho e eu de frente para eles, numa cadeira.

- O que você sentiu? – perguntou Rebeca.

- Uma paz, jamais sentida antes!

- Eu lhe disse que seria bom. – lembrou-o Fábio – Onde já se viu um encontro com uma menina não ser bom!

- A sua história realmente está parecendo com um filme. – observou Mark.

- É bastante estranho. Tenho que confessar. – admitiu William.

- Mas, romântica. – completou Rebeca.

- Você não conseguiu descobrir nada dela? – foi a pergunta de Brenno.

- Não. – respondi – Mas, eu conseguir ver os olhos dela.

- Pelo menos isso... – disse Fábio pensativo.

- Quando cheguei o mais perto possível dela, eu consegui ver. – disse, me lembrando daquele olhar meigo – Eram azuis!

- Então se você se sentiu em paz na presença dela. Isso quer dizer que não se trata de mais um problema em nossas vidas – observou Brenno.

       Naquela noite ele estava bem falante.

- Ele está é apaixonado. – afirmou Rebeca – Por isso está se sentindo assim.

- Será? – me vi perguntando.

- Não existe amor à primeira vista. – falou o racional Mark. – Vocês mulheres são muito românticas.

- Pode a-a-até não e-existir. – Laís expressou a sua opinião – Mas, que e-e-existe algo e-e-especial e-e-entre e-e-esses dois, isso ninguém po-po-pode negar.

- Especial ou estranho! – exclamou Mark.

- Deixa de ser pessimista cara. – pediu Fábio – Não é porque você ainda não encontrou a sua alma gêmea, que precisa estragar a alegria dos outros não.

- Mas, não estou estragando a alegria de ninguém. – discordou Mark, se chateando – Somente estou expressando a minha opinião. Você é outro que se apaixona por qualquer mulher que passar na sua frente.

- Todas não. – agora foi a vez de Fábio discordar dele – Somente as bonitas – Concluiu gargalhando.

- Eu só sei de uma coisa. – tentei concluir aquela história – Eu a quero ver novamente, pois nunca vivi algo tão bom na minha vida, em se tratando de uma garota.

       Todos de uma só vez correram ao meu encontro, me abraçando e gritando de alegria, diante da minha última frase.

- Talvez ela seja a sua salvação. – deduziu William, me abraçando junto com os outros.

- É talvez. – os outros também concordaram.

       Eles falavam sobre os meus temores. Pois desde que eles se entendem por gente que jamais me viram tão bem, como me encontrava naquele momento. Sempre conheceram um Herber medroso, diante de um futuro incerto. Em tudo eu tentava me prevenir antes, para não sofrer. O medo me paralisava diante da vida. Agora eu me encontrava vivendo uma situação tão estranha, que requeria mais do que qualquer outra, que os meus temores agissem sem pensar. No entanto, eu estava embarcando com tudo nela. Decidido a viver a música: deixa a vida me levar.

 Decidido a viver a música: deixa a vida me levar

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O Símbolo - Uma Nova Vida- livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora