Capítulo 35- Será?

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     As provas finais do semestre estavam chegando e passamos a ter menos tempo do que o normal. Encontrávamos-nos estudando como nunca, em toda a nossa vida. Rebeca, Brenno, William e Fábio eram os que mais requeriam esforços, porque, além de terem a faculdade, estavam trabalhando também.

    Eu ainda me encontrava na expectativa de arranjar emprego. O patrão da Aline esperava por uma autorização para me contratar, apenas como estagiário. Isso porque no anúncio eles necessitavam de um empregado para tempo integral e não dava para mim, por causa da faculdade. Continuava a me comunicar toda noite com a menina do banheiro, que, desde aquela noite do encontro, não a consegui tirar dos meus pensamentos.

    O Fábio estudava como nunca em nossas vidas o vimos fazer. Riamos bastante quando o pegávamos no ato. Chato, como ele era, sempre fechava o rosto mostrando o mau gosto da brincadeira.

     Rebeca, com o passar dos dias, foi se acostumando com o seu novo ambiente de trabalho, o qual ela estava adorando: o jeito calado e retraído de Heitor e o jeito distante do seu chefe Hermam, que nem para ligar para saber como o filho estava passando o dia, ele ligava. A rotina de Rebeca e Heitor sempre eram a mesma: ela o buscava na escola quando saia da faculdade. Após o almoço, passavam à tarde conversando, brincando de vídeo-game e fazendo a tarefa de casa; Ambos. Depois, ela descia para solicitar a empregada o jantar do garoto, o qual dava a ele antes do seu pai, e o restante da grande família retornar para a mansão, depois de um dia de trabalho. E quando Hermam chegava, às 22h da noite, colocava Heitor para dormir e, antes das 23h ela estava sendo deixada na RF, pelo motorista dele.

    Fábio e William se esforçavam para desempenharem as suas tarefas no asilo com êxito. Uma coisa que para Fábio se tornava cada vez mais difícil de aceitar. Principalmente quando Patrícia o colocava nas tarefas mais exigentes, na concepção dele. Como dar banho nos idosos, ajudá-los na aula de natação, dar remédios à força a eles etc. Porém se encontrava feliz com outra parte da sua vida. Vicente sumia muitas vezes durante o dia e, algumas vezes até o dia inteiro, sem dar satisfação nenhuma, o que o agradava bastante.

    William, ao contrário do amigo, estava adorando o seu trabalho no asilo. No seu ponto de vista, não via como uma punição judicial, mas, como uma maneira de exercer o seu chamado missionário. A cada tarefa que desempenhava naquele lugar, se sentia mais realizado espiritualmente. Porém, o sonho que tivera de alguém dentro de um caixão, não saía da sua cabeça. Não tinha criado coragem ainda para nos relatar. Mas orava intensamente sempre quando tinha oportunidade, repreendendo.

     Laís entregou o seu currículo a Gedeon depois de uma das suas aulas de natação e, assim como eu, estava somente na espera de ser chamada. Até o momento, nada havia comentado conosco sobre a possível vaga de emprego.

    Mark acompanhado por ela, toda tarde seguia para a biblioteca municipal. Tanto para estudar, como para procurar também nos antigos livros, sobre o símbolo. Mais para procurar o símbolo.

   Brenno começou as aulas sobre a Bíblia com Mark, que com prazer o ensinava. Nunca mais falou com Priscila, desde a viagem a casa dela, pois a oportunidade nunca surgia. Por um lado, ele até agradeceu o destino. Não estava preparado para conversar com ela ainda, sobre as suas certezas quanto à existência de Deus.

    Em meio a todos esses conflitos e ocupações que nos rodeavam, tentávamos estudar.

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O Símbolo - Uma Nova Vida- livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora