- Você tem certeza que a cesta era idêntica com essa? – perguntei a Mark, lhe mostrando a cesta na minha mão.
Novamente nos encontrávamos no porão da RM. A festa na fazenda continuava, com previsão de termino para o inicio da manhã. Viemos embora no início da noite. Mark, sem se conter, nos levou para o porão e nos contou a nova descoberta.
- Absoluta. – afirmou ele, sentado no último degrau da escada, de frente para mim – O mesmo material, a mesma forma e o mesmo símbolo.
- Elas eram fabricadas por quem? – quis saber William, sentado ao lado de Laís e Rebeca, na beirada do colchão inflável, pois no centro dele, Fábio descansava, deitado.
- Uma madeireira chamada Sampaio, que foi fechada por uma manifestação.
- E eram fabricadas especialmente para a fazenda Recanto da Saudade. – disse, repetindo a frase de Mark, há pouco.
- Foi isso que a senhora disse. – voltou a afirmar Mark.
- Então a cesta saiu da madeireira. – observou Rebeca.
- Ou da fazenda. – completou Brenno.
- Que eram os únicos lugares favoráveis para tal ato. – concluiu Mark.
O observei por alguns segundos. Graças a Deus ele voltara a sorrir e a se empolgar novamente com o nosso real motivo de estarmos em MS.
- Então a-a-agora temos que de-descobrir de o-onde ela saiu. – explicou Laís, se referindo à cesta.
- Como vamos fazer isso? – perguntou-se William.
- Uma coisa temos certeza. – comecei a falar – Tudo está relacionado ao símbolo.
- O símbolo foi e é a nossa principal pista, desde o inicio. – concordou Mark – Nem tem como fugir dele.
- Vamos começar pela madeireira. – sugeriu Rebeca.
- Mas, ela não está fechada? – lembrou-a Brenno.
- E daí? A mansão dos Marques também estava. – lembrou-o ela – No entanto, encontramos aqueles inscritos.
- O-O-O que te-tem a ver a-a-aqueles textos com o símbolo? – perguntou-se Laís, pensativa.
- E isso tudo com nós? – foi a vez de Mark se perguntar.
- Será que estamos realmente seguindo o caminho certo? – questionei-me.
- Segundo a Bá, sim. – lembrou-nos Brenno – Ela não erraria, em se tratando de assunto tão sério.
Como sempre, ele estava certo. E balançamos a cabeça em confirmação.
- O problema é que parece que todas as pistas que encontramos estão sem sentido nenhum, para nós. – comentou William – A mansão está abandonada e agora, a madeireira fechada.
- Mas, a fazenda ainda está funcionando. – observou Mark.
- É melhor começarmos pela madeireira. – insistiu Rebeca.
- Mas, se as cestas eram produzidas diretamente para a fazenda... – tentei explicar – Não tem sentido algum a madeireira.
- Como assim, Beto? – perguntou William – Qualquer pessoa poderia muito bem pegar a cesta em qualquer lugar e ter colocado o Mar dentro.
- Boa observação. – concordou Brenno – Mas, se tudo que temos são apenas suposições e as únicas pistas concretas são a madeireira e a fazenda, temos que seguir elas.
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O Símbolo - Uma Nova Vida- livro 1
Misteri / ThrillerMark, William, Brenno, Fábio, Rebeca, Laís, Erin e eu somos oito jovens em busca de nossa verdadeira origem. Isso, porque, quando bebês, fomos abandonados na porta de oito famílias diferentes, e, consequentemente, adotados por eles. Eis o porquê de...