Mark, William, Brenno, Fábio, Rebeca, Laís, Erin e eu somos oito jovens em busca de nossa verdadeira origem. Isso, porque, quando bebês, fomos abandonados na porta de oito famílias diferentes, e, consequentemente, adotados por eles. Eis o porquê de...
Novamente nos encontrávamos diante de umas férias abaladas pelo luto.
Já haviam se passados alguns dias desde a morte de Thierry. Nossas famílias ainda se encontravam muito abaladas. Mal havíamos superado a perda de Erin, e agora, somente sete meses depois, veio à perda de Thierry.
Mark, desde o enterro do irmão que se trancara no quarto e não quis mais falar com ninguém. Nem mesmo com a gente. Decidimos que o tiraríamos daquele quarto, nem que fosse a última coisa que fizéssemos.
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Rebeca acordou tarde. Na noite anterior, marcou um encontro com Matheus no shopping. Almoçariam juntos.
Ela tomou banho e se vestiu bem rápido, pois se encontrava atrasada. Encontrou meia hora depois do combinado, o seu namorado moreno claro á sua espera, sentado em uma das mesas do restaurante do shopping.
- Perdão pelo atraso. – pediu ela, ao se aproximar dele. – Dormi demais.
Durante aqueles meses de distância, Matheus não mudara em nada. Continuava usando óculos, vestindo as mesmas roupas de grife e com aquela cara de poucos amigos.
- Já faz meia hora que estou aqui. – disse chateado.
- O meu celular não despertou. Ele descarregou durante a noite. – tentou explicar.
- Devia, pelo menos, ter ligado para avisar do atraso. – reclamou ele.
-E nem pensei nisso. – confessou, paciente.
Permaneceram um tempo calados. Ele chateado, com o rosto virado e ela, o encarando incrédula, com aquela atitude infantil dele.
- Você está se comportando pior do que o garoto o qual eu cuido.
Matheus voltou à atenção para ela.
- Eu não tenho nem o direito de ficar chateado depois de ficar aqui, feito besta, um bom tempo?
- Eu já pedi desculpas e já expliquei a situação. – disse, perdendo a paciência – O problema Matheus, é que desde quando cheguei que estamos nos desentendendo.
Ela falava do fato que desde quando voltou de SP, no primeiro encontro deles na praia, quando ela foi ao seu encontro, sem ele saber que ela já havia chegado, o assustando, ele logo ficou chateado, por ela não o ter sido avisado; um motivo banal, que ainda pairava no ar.
- Não, Beca, o problema é que você está me fazendo de palhaço.
- Por quê?
- Você não iria nem vir nas férias, para cá?!
- Eu estou trabalhando! – lembrou-o – Não posso ficar passeando por aí, como se não tivesse compromissos.
