Capítulo 42- A Festa

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     'Convidamos todos para a nossa festa de aniversário na fazenda Recanto da Saudade, no dia 15/08, com inicio às 12h da manhã, com direito á churrasco.

Ass.: Lívia, Jackson e Glória Ferrer'

- Só quem pode. – observou William ao ler o anúncio que se encontrava espalhado por toda a Universidade. Naquele momento, ele lia o que estava na lanchonete do Campus I.

- Com certeza! – concordou Fábio, do lado do amigo.

- Será que todos irão?

- No fundo, Will, só irão às pessoas que os conhecem.

- Eu duvido. Quem não gosta de festa e ainda mais, de graça?

- É. Você tem razão.

      Os dois se sentaram de frente para o outro. Brenno apareceu logo em seguida para se juntar a eles.

- Você vai à festa? – perguntou Fábio para Brenno.

- Que festa?

- Você não viu nenhum dos cartazes espalhados por toda a Universidade falando da festa de sábado? – perguntou Fábio, impaciente.

- Não. – disse, simplesmente.

- Eu não acredito. – reclamou Fábio, incrédulo – Como você é lerdo.

       Porque sempre quando eles estavam pertos discutiam? Perguntou-se William.

- Sou obrigado a ter visto?

       E porque Brenno só abria a boca com tanto prazer, quando era para discutir com ele?

- Com certeza que sim!

- Por favor, será que seria pedir muito para vocês pararem? – pediu William.

       Eles ficaram se encarando enraivecidos.

- Os Ferrer vão dar uma festa de aniversário no sábado e estão convidando todos os alunos. – explicou William.

- Ah! – Brenno mostrou total desinteresse pelo assunto. Pegou um livro na bolsa 'A História da Física' e começou a ler.

- Doido. – xingou-o Fábio, saboreando o sanduíche que a garçonete acabara de depositar na mesa.

       Brenno fingiu não ter escutado e continuou a sua leitura. William olhou ao seu redor, impaciente com os amigos que pareciam dois porcos espinhos. E viu a sua amada logo na sua frente. De costa para ele, ela lia o convite que a pouco ele lera. Sem resistir, William se levantou indo ao encontro dela.

- Você vai? – perguntou nas costas dela, sentindo o seu doce perfume.

      Emilly permaneceu, parada sem se mexer.

- Por que quer saber?

- Porque somente irei se você for.

- Para quê? Para me vigiar?

- Não. Para ficar perto de você!

      Ela se virou o encarando, sorrindo.

- Você nunca desiste! – afirmou Emilly, bem mais receptiva á sua insistência.

- Não enquanto eu estiver vivo.

- Vamos sentar, Milly. – uma amiga a chamou.

- Tenho que ir. – disse ela, se afastando.

      Mas ele a impediu, segurando-a pelo braço.

- Você não respondeu a minha pergunta.

- Estarei lá. – disse se soltando, incomodada com a mão que a segurava há pouco – Não por causa deles... – e deixou o resto da frase no ar.

O Símbolo - Uma Nova Vida- livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora