Capítulo 15- Não entendo as pessoas

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Narrado por Matheus

A quarta feira foi um tremendo porre, primeiro depois de alguns dias só bebendo e curtindo, quem tem coragem de trabalhar? Segundo, muita gente com cronograma da reforma ou construção atrasado devido ao feriado, me pergunto será que eles não sabiam que tem carnaval todo ano? Para completar, patrão estressado com as entregas que estão atrasadas e os clientes cobrando, sinceramente acho que eu deveria ter escolhido outro emprego, sei que patrão é um pé no saco mesmo, só que quando é amigo da família as coisas pioram, mistura-se o profissional com amizade.

Chego em casa como um lanche natural que havia comprado no mercado próximo a minha casa, enquanto ouço meus pais ainda falando do carnaval, pelo menos eram coisas boas, parece que esse ano nos iriamos mais vezes na chácara, finalmente meu pai entendeu que a família dele não está muito interessada na nossa família.

 O que me anima é que não terei que ver o idiota do meu primo João Pedro (mas isso é assunto para outro momento).

Quando estou finalmente deitado na minha cama ,olhando para o teto e pensando no que eu gostaria de fazer no futuro, onde gostaria de conhecer, o livro que sempre sonhei em escrever, mais sempre tive preguiça. Minha mãe entra no meu quarto com o meu celular falando que era Gustavo. Como dizia meu pai "todo castigo para corno é pouco". Atendo o telefone com um alô e fico calado quem tem que falar é ele e não eu. Escuto ele se desculpar, dizer que errou, que se arrependia e todas aquelas besteiras de gente que faz coisa idiota e depois acorda para vida.

Aquela conversa já tinha dado tudo o que tinha de dar até que Gustavo lança a pior besteira que poderia falar " eu perdi um irmão, não quero perder um amigo! " Nesse momento eu perco o pouco de paciência que estava tendo.

- Olha Gustavo, te ouvi calado até agora, então faça o favor de me escutar. Você foi sim um idiota no carnaval, estou chateado com você, está certo que eu não esperava o apoio de ninguém naquele momento. Aliás, nem vejo motivo para apoio, eu experimentei algo novo, e gostei sim, acho que todos notaram. 

Só que foi uma experiência não estou mudando a minha vida por causa de uns beijos não. Só que para você parece que tudo tinha mudado, não entendo bem o motivo já que nem foi com você, só que isso também não é da minha conta. Quer ficar bravo fique eu não ligo, só não me venha com pedido de desculpa hipócrita.

- Para finalizar essa conversa, nunca mais, escute bem! Nunca mais, use a memória do Felipe para justificar seus erros e você não perdeu minha amizade. Ela nunca existiu, amigos não tratam o outro como você fez.

Dito aquelas palavras desligo o telefone, quando minha mãe entra no quarto.

- Filho, o que aconteceu entre você e Gustavo, quer conversar sempre estarei aqui para te ouvir e tenho certeza que seu pai também. Minha mãe me diz essas palavras me dando um beijo na testa.

Desculpa mãe, quero conversar, sim. Só não estou com cabeça para isso agora, gostaria de ficar sozinho, uma hora a gente conversa. Minha mãe sai do quarto me deixando envolto aos meus pensamentos.

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