Capítulo sem título 7-Gustavo

19 2 5
                                    

Gustavo e seus pais saíram de casa por volta das 17:00 do dia 25 de dezembro, lembro que meu pais foram até a cozinha e ficamos conversando sobre como tinha sido o natal em "família".

 De fato, tinha sido um pouco morgado, mas natal geralmente é morgado mesmo. Peguei meu celular e respondi algumas mensagens que tinha recebido durante o dia, não sei que milagre tinha acontecido, mas não tinha visualizado minhas notificações em momento algum até aquela hora. 

 Tinha uma mensagem do grupo da pelada, dizendo para a gente se encontrar em algum lugar para uma confraternização de fim de ano. Alguém sugeriu alugar a quadra de futsal na entrada da cidade, realmente fazia um tempo que não nos encontrávamos, só que naquele momento não estava com cabeça para aquilo.

 Então só respondi que provavelmente não iria, os meninos tentaram me convencer, mas para evitar prolongar aquela discussão apenas respondi que se estivesse bem apareceria por lá. Diego sugeriu a confraternização para o dia 28, todos concordaram, já que a maioria iria viajar depois dessa data realmente.

Voltei meu pensamento para a conversa que estava acontecendo na mesa, quando minha mãe falou que eu tinha me dado muito bem com Gustavo, aquilo realmente era verdade, ele era um rapaz legal e tal. As coisas ficaram um pouco constrangedoras para mim quando minha mãe diz que tinha visto mesmo na hora que foi me acordar.

Sério não queria falar sobre aquilo naquele momento, mas tentei me justificar falando que estávamos assistindo a série e acabamos adormecendo na cama. Minha mãe só riu, falando que eu não precisava me justificar, pois ela sabia que Gustavo estava precisando de atenção. E além do mais, eu e Felipe sempre dormimos na mesma cama. Nesse ponto ela tinha razão, só que pelo que eu me lembrava eu nunca tinha dormido abraçado com Felipe, claro que eu não comentei nada disso com ela.

Deixei meus coroas na cozinha e fui até meu quarto, tomei meu banho e me deitei apenas de cueca box em minha cama, não sou muito de ficar de pouca roupa em casa mesmo dentro do meu quarto, mas nesse dia estava um calor horrível.

 Nunca fui desses caras que fica se gabando por ai, mas me considero um rapaz bonito, não sou alto confesso.  Sou moreno claro, 1,68 de altura, olhos e cabelos negros não sou malhado de academia, não que nunca tivesse feito, mas sou meio preguiçoso então mas faltava do ia, e geralmente só ia nos dias que Felipe me forçava aparecer.

 Ainda me era estranho perceber o quanto eu era dependente da amizade de Felipe. Ri comigo pensando que na ausência dele, logo eu estaria gordo que nem aqueles americanos que só comem fast-food.

Meu celular toca e quando vejo quem seria, era Rebeca, uma amiga de longa data, de fato estávamos mais para amizade colorida, já que sempre que podíamos nos pegávamos, entretanto, também nunca levamos a relação adiante.

Atendo o telefone com um: Oi meu amor, saudades! Ela me diz que também estava com saudades e que estava preocupada comigo já que desde o enterro não tinha falado com ela. 

Me justifiquei que não tinha falado com quase ninguém mesmo naquele dia, então ela me sugere de irmos no dia seguinte ao shopping, nem que fosse para assistir um filme ou comer algo na praça de alimentação. Concordei, sem dúvidas seria bom sair um pouco de casa, antes de desligar ela só me pergunta se poderia levar sua irmã mais nova Yasmin, disse que sim e ela falou que se eu quisesse levar algum amigo também poderia, no momento não pensei em ninguém pois, conhecia o nível dos meus amigos, então apenas desliguei o telefone me despedindo.

Liguei a televisão, pensei em voltar a assistir minha série, mas lembrei que antes de dormir na noite anterior tinha combinado com Gustavo, de assistirmos juntos. Fiquei até pensando, que diferença isso faz, sempre assisti a série sozinho, já que nem todo mundo gostava do gênero, só que como tinha combinado preferia esperar realmente. 

Sempre comigoOnde histórias criam vida. Descubra agora