0. 프롤로그

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fools!; prologue

Noori estava do lado de um parquinho, porém não era qualquer parque, era o da sua creche. Sua mãe não foi busca-la, pensou que também não gostava da cor de sua voz.

A garotinha chorava, quando perguntou pra uma das amiguinhas sobre a cor da voz dela a mais velha riu de Noori. Será que ela deveria não voltar mais lá?

Soluçou e tudo piorou, os pássaros, as folhas se mexendo nas árvores, os carros e o pequeno ciclo de pessoas à sua volta estava fazendo com que mais cores surgissem em sua visão, atrapalhando ainda mais sua caminhada. Continuou andando, reclamando baixo sobre o quanto odiava a própria voz, odiava aquela cor mesquinha que ela não lembrava o nome e nem fazia questão de lembrar, era cores fortes e escuras, não gostava e sabia que todos na escola a ignorava exatamente por isso, pela cor da sua voz ser extremamente feia.

Ia atravessar a rua, quando uma buzina soou a fazendo estremecer perante os flexes de cores indo diante a sua visão, era enlouquecedor todas aquelas cores. Ficou estática no lugar, não pensando nas consequências de tudo, mas sentia que o carro estava perto e não parecia que iria parar.

Foi quando sentiu em seu punho uma mão quentinha, que deu a ela a visão de um oceano um pouco distante, depois de um jardim, com misturas de amarelo ouro, azuis escuros e claros, era maravilhoso, era ainda mais com o som das águas indo e vindo com suas pequenas borboletas azuis celestes transitando. Sentiu seu corpo bater em outro e a visão que teve em poucos minutos se desapareceu, quase tinha sido atropelada e estava em cima de alguém na calçada em segurança e o carro acelerado passou fazendo seus cabelos esvoaçarem.

Por outro lado, o jovem que acabara por salvar uma vida se encontrava estatelado no chão, dor era tudo que sentia. Jurava que tinha quebrado um osso, porque não era possível toda aquela dor.  A pequena que ele salvara se moveu de cima e então conseguiu ver seu joelho sangrando, junto das suas mãos.

Noori se sentou no chão pra se autoavaliar, foi então que reparou no menino que salvara sua vida, parecia alguns anos mais velho que ela e tinha dores, muitas dores pelas caretas que fazia.

— Uh...— ela pigarreou— Está tudo bem?

O garoto não a respondeu, olhava para suas próprias mãos que sangrava por pequenos cortes.

- Aish! O que eu estava pensando, dando uma de super herói? Agora tudo dói! Airg.

Aquelas cores... Eram maravilhosas.

Noori pensou por um minuto como era os nomes daquelas cores, mas nunca tinha visto aquilo, em nenhuma caixinha de lápis de cor.

— Obrigada.— disse o mais formal que conseguiu, arrancando a atenção do garoto para seus olhos.

Quem antes encontrava com uma expressão de dor, agora tinha em seu rosto um ponto de interrogação enorme, até perceber do que se tratava.

— Ah, não se preocupe, não foi nada.— ele disse informalmente, o que é? não era como se ele fosse falar formal com uma garota que parecia ter menos de cinco anos.— Quantos anos você tem, huh? Não sabe que não pode andar sozinha?

— Sei sim.

— Então por que 'tava andando?

— Eomeoni não me buscou hoje.

— Deveria ter esperado lá, uma criança de cinco anos não pode sair por aí sozinha.

— Eu não queria ficar lá.— ela abaixou a cabeça brincando com os dedos.

O menino tombou a cabeça e serrou os olhos numa tentatuva falha de entende-la sem fazer perguntas demais.

— Por quê?— mas acabou fazendo por ter sido consumido pela curiosidade.

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