eu tenho algo que você não pode ver
que a olho nu, despido
a minha alma enxerga aquilo que se faz
presente, passado
eu sou o mórbido e o lindo
o temido e o clamado
a divina espera e o incêndio bruto
sou aquilo que não podes ver
aquilo que arde e se põe a adormecer
fui feita de metáfora, metonímia e toda forma de linguagem
eu vim da poesia, das letras não vistas
do coração que pulsa por vida
que sente em demasia
e chora em seguida
sou do gueto, sou da burguesia
sou samba, blues e quem diria
algo tão bonito crescer de uma grande ironia
dance comigo, meu bem
enxergue como eu
pode enxergar essa penumbra melancolicamente estável por entre as cortiças
e o fogo alaranjado da vela ao queimar
ah, tome mais uma taça, escuta essa nova do jacob banks comigo
me afoguei em mim
me despi, sem fim
as respostas nós não sabemos
as perguntas são inúmeras
algo bonito está pra nascer.
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outrora pensei
Poetryhá versos de ontem, de hoje, de séculos atrás e de um futuro próximo. fez-se um livro de instantes e infinitos. nasci do amor entre deus e o diabo, do amor ao pecado, da escuridão ao que faz luz. proibida a entrada de céticos, conservadores e d...