geração z

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o que deixei foram apenas sombras, não pegadas, e até quando minha mente implorou o pertencimento, eu me fiz vento.
enxergava-os na espreita, estudava-os com a caneta
o verbo me deu lugar naquela sarjeta que inventei, nela chegava o belo, nela eu encontrava meu elo, meu porquê de continuar a nao pertencer, ele foi minha justificativa de fugir...pois dava o prazer de criar. senti o chamado para ser mais verdade. eu o clamei piedade. eu preenchi minha metade, aquela que não pertencia a nada, hoje deu-me suporte.
não tenho laços
e meu ego blindado deu lugar a minha auto depredação
eu esqueci minha verdade, e estou em tempos de recria-la
assusta-me parecer que a todo tempo perco tempo
e perco memórias...
cansada da primeira pessoa que me oponho, do reflexivo que proponho, mas não caibo em outro corpo senão o meu
mas amante de almas sempre fui, em busca do apogeu
que agrega todo conhecimento sem "meu eu"
me faz lembrar a semiótica peirceana...
representações que são signos, e há um código para decifra-los que depende da perspectiva..ah
decifra-me ou devoro-te.
se não aqui, em outros tempos.

mas meu ego implora por sua volta.

outrora penseiOnde histórias criam vida. Descubra agora