fantoche em suas mãos, tiro os pés do
chão
me enforco em suas palavras.
foi onde sangrei, com exatidão.
donde veio meu amor ainda há a fonte
mas a cada lágrima sua restauração degrada
fantoche em suas mãos
eu perco o controle
o ego
o rosto
e sem face me transformo no seu pesadelo
por equívoco, permaneço em seu pensamento,
insisto na dor.
meu amor me matou friamente quando percebeu que dele eu dependia
meu amor me matou pois ele não mede espaços
ele expande, funde, transborda
ele dói
me machuca
e não tenho forças o suficiente para cuspi-lo, um tsunami de ondas hormonais destruiria as civilizações mais ingênuas
meu amor é heresia
meu amor é hipocrisia
ele é exagero
um tanto quanto antiquado
e sem via das dúvidas,
causa estragos.
medo que escorre por meus olhos..
se eu te desse todo meu amor, o que me restaria?
esse é o ponto. o que me resta?
sinto que sem ti meu corpo pesa
penso que ao partir, minha alma leva
sei que ao te ver sorrir,
me sinto completa.
mas não.... não poderia te jogar o peso de preencher minha metade,
mas carrego vazios faz anos..
eu não poderia te dizer minhas verdades..sei que me causei muitos danos...que talvez não
me encaixe nos seus planos...ou simplesmente não sou o amor da sua vida. mas gostaria...ah
esse paradoxo cansa
minhas elipses dançam
e eu sempre caio em ironia..
lindo é amar demais.
chico estaria orgulhoso dos versos que fiz, mas apaguei
sentiria certo desgosto, pelo medo de sentir que demonstrei
mas sorriria por bom gosto e pelo amor que encontrei.
meus erros são multiplicados pelo nervosismo de te ter,
minha calma vem ao te ver,
e se desfaz,
quando o assunto é te perder.sou o resto ileso do que não deixei degradar
guardei meu amor em peso, seria egoísmo demais não lançar
na direção a qual fez finalmente meu peito palpitar
por tempos carreguei a ideia de que meu amor me basta,
que sou fera inatingível, e meu amor, a brasa.
amor? nero!
aquela velha história..dois corpos queimados pela combustão..
tesao,
compaixão,
coração.
antes disso meu peito ainda não tinha asas.hoje minha emoção apelou, eu poderia te escrever mil cartas de amor, não que já não tenha feito..mas desta vez não as jogaria fora.
hoje jogo fora o cigarro na metade..você me fez temer a morte
me deu motivos pra ser forte
me fez sentir menos o caos que reside em mim.
mas...ainda te devo verdades
ainda preciso te dizer que a pressão que me amedronta, cresce em mim
que as expectativas que serão quebradas, também virão de mim
e que meu maior erro é amar demais em silêncio..mas talvez seja o certo, não gostaria de ser a causa da sua surdez.
nem da sua fuga.
enfim, a dualidade sempre brincou comigo, mas quando o assunto foi te amar..
me veio a sensatez,
sei que és o ouro puro que sempre procurei.e meus hábitos permanecem...
o de escrever até poder respirar
o de correr até perder o ar
e me esconder quando não sei por onde continuar. antes voava sem pensar, agora preciso de certezas até para sambar
tenho medo de me doar, você ir, e não
me restar nem meu lar...
pois não seria um lar sem você.ainda te escrevo esses versos avessos pois nada me aflinge mais do que palavras não ditas
ainda dou voz aos meus gritos internos que clamam sua presença,
pois não os tiro a razão, sua presença me causa êxtase
e se ainda balbucio palavras em seu ouvido é porque o mundo não merece meus segredos.
certamente era mais fácil manter o equilíbrio a distância, hoje, sua órbita me puxa, e eu perco minha autenticidade de movimento.
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outrora pensei
Poetryhá versos de ontem, de hoje, de séculos atrás e de um futuro próximo. fez-se um livro de instantes e infinitos. nasci do amor entre deus e o diabo, do amor ao pecado, da escuridão ao que faz luz. proibida a entrada de céticos, conservadores e d...