outrora pensei

desconhecido

é, mais uma vez você veio eletrizar o meu sossego
embrulhar meus estômago e esmagar meu coração
não sei se por ironia do destino, ou mera contradição
talvez simplesmente vontade do impossível
mas já não sigo minha razão
decidi cuspir o meu desejo por ti
ou é isto ou prisão
detenho meu olhar, para que não cruze com o seu
se em ti chegar..ah, já se perdeu
sou sugada por tua alma, tua voz, delírio meu
queria te trazer calma, mas o caos é quem me prendeu
tudo em ti é poesia, tragédia e mistério
desvendo-te por natureza
quer que eu seja seu amor ou seu nero?
quer que eu vá? ou te espero?

cresceu como flor em asfalto
quente, pobre, mas sem teu tato
eu sinto faíscas
terremoto
furacão
e tu nem sabes que tens meu coração
a propósito, não tens, só estou em redenção
hoje, me soltaria em tuas mãos
amanhã, Afrodite me olha com tesão

desataria teus pés descalços
reconstruiria teu peito em pedaços
faria de mim teu chão
achei luz na tua escuridão

se meu maior prazer foi não te ter
todavia, foi o que fez mais eu te querer
aceito nosso destino
desconhecidos
mas com um q de "era pra ser?"

inconscientemente meus dedos te poetizaram
sorrateiramente nossas vidas se cruzaram
fiz de nós história
quando nem houve nós.