outrora pensei

questione- se

me pergunto por que sou assim
por que o clima interfere no meu humor
por que não tenho pudor
por que me submeto a dor
de ser um ser humano falho
em busca do amor
por que tanto me perco e me encontro?
o que tanto procuro
no caos
no amor
estou certa do que isso causará.
da água escassa que me atrasará,
as travessuras numa madrugada quente
pule o escudo, assalte estupidos
ganância nascente em peitos sujos.
eu sei que te transformará
e já não faço perguntas e não acho respostas.
estampado na pele,
estou certa no agora.

agora me deleito em inúmeras afirmações solenes e um tanto quanto medíocres, por natureza chegam a ser reais, mas, tudo depende da sua interpretação.

quem quero ser onde vou ser quem quero ter quero ter o que ser o que tanto querer quero te querer quem sou quando quero te querer sou quem quero ser quem quero ser onde quero ser

tumultos.

sou o que tenho que ser
era pra ser
sou o que quero ser

pertinentemente ultrapasso limites
sou dos timbres
piso na linha
saltito em espinhos
sou da vida
crio meus próprios moinhos
e me apego as recaídas
em contrapartida, faço uma sátira dessa vida corrompida.

luz que penetra o solo
sois e heras em outros polos
seria a ideia dos poetas mortos
guta após obras de apolo
petrifica com os olhos
és assim sem menor esforços
teve emoldurado seus esboços
só assim eternizo o obvio

herança perdida, bússola banida
apontar caminhos errados.....
recaída.
gravidade que mantém meus pés no chão,
ainda posso ir na contramão,
meu coração pede perdão
por tantas miras assíduas
por tanto que me fez dizer não.
emoção, razão, paixão, intuição, observação, contramão
contramão.

lembro-me que ja deveria estar no sétimo sono e estou fazendo versos tão herméticos que mal posso respirar.

minha visão de fora enxerga tudo e se incomoda
são varios eus, como agradar
outrora
por ter muitos a me julgar
por me por nesse lugar
o que faço pra ultrapassar esse paralelo,
encontrar meus elos
enraizar em meras montanhas
pra poder ver todo dia o nascer e pôr do sol

disparo conta a luz
crio combustão
quanto de egoísmo seria
viver com o pé no chão