O começo da caçada

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                     Alisson

Como o Dean pode ser tão grosso assim? Penso enquanto estou em alta velocidade indo pro Panks Bar.

Talvez o Dean me mate? Só se ele conseguir me alcançar. Solto uma gargalhada olhando o retrovisor.

Panks Bar é onde alguns demônios de encruzilhada ficam durante o dia, por incrível que pareça eles sabem tudo que acontece no mundo sobrenatural, provavelmente eles devem saber algo sobre o desaparecimento das bruxas.

Não demora muito e chego no bar. Estaciono e entro no estabelecimento.

O cheiro aqui dentro não é muito agradável, o dono do lugar tem um gosto sofisticado.

- O que uma caçadora quer aqui? - O homem atrás do balcão me pergunta.

- Algumas bruxas sumiram recentemente, tem alguma informação sobre isso?

- Por que eu ajudaria uma caçadora?

- Talvez pra não morrer. - Digo colocando a mão em cima do coldre.

Ele sorri sarcasticamente.

- Eu ouvi falar de você, sua mãe sumiu e você começou a caçar com os irmãos Winchester.-Ele diz pegando um wisk e um copo.-Caçadores, uma raça quase em extinção sabia?

- Conta logo o que você sabe e não atravesso uma bala na sua cabeça.

Esse não é um demônio qualquer, algo nele me assusta.

- Primeiro que você não tem chances contra mim, segundo tenho vários caras aqui prontos pra rancarem sua cabeça e colocarem em um espeto lá fora. - Ele muda a cor dos olhos para negros e permanece por alguns segundos, depois volta ao normal.

- Tenta a sorte. - Digo encarando ele pronta pra pegar o revólver quando a porta abre .

- Ninguém toca na garota.

O demônio atras do balcão abaixa a cabeça e alguns do meu lado repetem o mesmo ato. Me viro e todos estão de cabeça baixa, um homem de terno não muito alto está em pé parado me encarando , provavelmente o dono da voz .

- A nova amiguinha dos Winchester, algumas más línguas dizem que corre sangue das bruxas de Salem nas suas veias.-O homem diz se aproximando.

- O que você sabe sobre isso?-Pergunto.

Pelo visto ele é o demônio chefe, todos demonstram grande respeito por ele.

- Eu sei que o ex chefão do inferno está com todas as bruxas. - Ele se aproxima mais tira a mão direta do bolso e estende pra mim.-Falando nisso sou o Crowley, rei do inferno.

Aperto a mão dele fortemente.

- Onde está esse ex chefão? - Cruzo os braços.

- Albert é muito cuidadoso, ninguém sabe onde ele tá. Ouvi dizer que ele quer abrir a porta do céu.. - Ele diz com certo mistério no timbre.

- Como sabe disso?

- Ele fugiu de um lugar do inferno não muito agradável recentemente.

Ele deve ter sequestrado as bruxas para fazerem o feitiço. Mas por que quase todas?

- Está com medo, por isso está dizendo tudo isso pra mim. Quer minha ajuda pra mandar ele de volta prós quinto.

- Você é esperta. Sua mãe está entre as bruxas que está com meu inimigo. Me ajude a pegar ele é você terá sua mãe de volta.-Crowley diz colocando as mãos no bolso.

- Por que eu caçaria com você?

- Por que está tão deseperada como eu, por que os irmãos alce e esquilo não tem nenhuma pista sobre sua mãe. E também porque sou sua única chance de encontrar ela, o tempo está passando. Tic tac Alisson.

- Como posso ajudar?

Talvez me juntar com o rei do inferno me traga problemas maiores que já tenho, mas isso não importa agora. Preciso achar minha mãe e ele tem razão . Ele é minha única chance .

- É assim que se fala. Me acompanha?

Crowley estala os dedos e somos teletransportados.

- Bem vinda ao meu humilde lar.-Crowley diz se aproximando de uma mesa com objetos de feitiços.
- Onde estamos?

Estamos em uma sala onde tem um trono e uma mesa com alguns objetos.

- No inferno.-Ele diz em tom sorridente.-Mamãe pode aparecer, sei que está aqui.

A mulher de cabelos ruivos e pele branca aparece.

- Rowena?

- Eu mesma. - Ela diz com certo desdém.

- Primeiro vamos precisar de uma pequena dose do seu sangue, pro feitiço de rastreamento. - Diz Crowley me entregando uma adaga afiada.

- Faça um pequeno corte dentro da Cambucá. - Me orienta Rowena.

Faço um corte na mão com a adaga, o sangue avermelhado escorre pra dentro da Cambucá .

Me sinto mal por ter roubado o carro do Dean.

Rowena fala algumas palavras, mas nada acontece. Sua expressão de decepcionada revela isso .

- Droga. - Diz Crowley.

- Não funcionou . - Rowena avisa.

- O que vamos fazer agora ?-Sinto minhas esperanças sumirem.

- Não há nada mais que possamos fazer. - Diz Crowley.

- Não, podemos tentar de outra forma.-Rowena me encara.- Se realmente for verdade que você carrega a linhagem das bruxas de Salem, podemos encontrar sua mãe e o local onde ela está.

- Faço qualquer coisa.

- É melhor você se sentar. - Rowena empurra uma cadeira pro meu lado.

Me sento e ela coloca as mãos suaves e frias no meu ombro. Seus olhos mudam de cor e logo sinto meu sangue ferver dentro do meu corpo.

Parece que vou explodir a qualquer momento. Solto alguns gemidos de dor.

- Aguente firme Alisson.

Já não consigo enchegar nada e minhas mãos começam a tremer involuntariamente. Estou começando a perder os sentidos.

- O que pensa que está fazendo Rowena!

Essa voz, esse timbre que eu reconheceria até debaixo do oceano. Dean Winchester.

- Estou quase conseguindo .

- Para está matando ela! - Escuto ao longe a voz desesperada do Dean.

Rowena tira as mãos dos meus ombros e meu corpo parece estar com energias elétricas passado por cada membro .

- Centro Oeste da cidade, em uma mecânica abandonada com um lago ao redor. - Rowena diz rapidamente.

- Você está bem Alisson? - Os irmãos me perguntam em coral.

- Está tudo bem. Não temos tempo pra perder. - Digo balançando as mãos.

- Eu adorei essa menina. - Crowley comenta e termina a frase com um estalar de dedos que nos teletransporta para o estacionamento.

   

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Tutupoooooooom girassóis? Não se esqueçam da estrelinha e quem sabe um comentário? Xoxoooo

A Caçadora PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora