Intercâmbio e suas histórias de amor (AMOR DOCE) - Castiel

Tem algo estranho...

Chegando em casa, fomos recepcionados por Fernanda, que não foi conosco buscá-lo pois, segundo ela, seu sono é muito precioso. Meu pai guiou Castiel até o andar de cima, para conhecer seu quarto, enquanto eu, Fernanda e minha mãe fazíamos um café fresco e panquecas...Minutos depois, ouvimos passos, e logo os dois já se sentam na mesa e começavam a se servir.

Durante o café, descobrimos que ele se chama Castiel Garnier, é emancipado, seus pais trabalham muito, ou seja, eles não são muito próximos, veio para cá para melhorar o inglês e, para a felicidade do meu pai, gosta de música e ama tocar guitarra.

Pai- Que legal!! Quando eu era dá sua idade, eu tinha uma banda com alguns amigos da escola, eu era o guitarrista, tenho até hoje todos os instrumentos, já que ensaiávamos no porão aqui de casa, adoraria te ouvir tocar, se você topar claro. (fala todo animado com um brilho nostálgico nos olhos)

Castiel- Nossa sério? Eu tenho o sonho de ter uma banda, vai ser uma honra (com os olhos brilhantes de pura felicidade, já era possível ver que ele já estava mais confortável por aqui, fico feliz por isso)

Mãe- Parece que já encontram um assunto em comum, fico feliz, espero que se sinta em casa, surgindo alguma dúvida fique livre para tirá-la com qualquer um de nós, e por fim, Lari, por que você não mostra a casa para ele?

Eu- está bem, vamos lá (forço um sorriso para disfarçar a revira volta no meu estomago pelo nervosismo, obrigada mãe)

Mostro cada parte da casa para ele, principalmente o porão que meu pai havia comentado, uma sala ampla revestida com espumas para abafar o barulho, cheia de instrumentos, microfones, piano, guitarras e violões, incluindo o meu.

Eu- Aqui é o recanto do meu pai, mas tenho certeza de que agora que ele sabe do seu interesse musical, pode ficar à vontade para vir aqui quando quiser (termino de falar enquanto passo a mão pelas cordas do meu violão preso em um dos painéis, evitando de olhar em seus olhos)

Castiel- Obrigado...esse violão é seu? Você sabe tocar?

Eu- É sim, quando mais nova meu pai insistiu a me ensinar a tocar pelo menos um instrumento, e disse que eu tinha sangue musical kkk (por um leve momento, eu fiquei tão absorta pelo assunto que esqueci da timidez que antes me incomodava)

Castiel- E você acredita que tem? Sangue musical?

Eu- Eu gosto de tocar e até cantar, mas não como profissão, a música é como uma terapia para mim, meu momento de paz, e não tenho vontade de juntar isso a deveres e compromissos, entende?

Castiel- Mais do que você imagina (ele sorri de canto enquanto coça o pescoço, fazendo com que os tríceps de seu braço direito saltassem, estremecendo os meus joelhos) ..., mas de certa forma, tenho vontade de fazer isso para o resto da vida

Eu- Isso é bom, ter uma paixão assim. Pretende fazer faculdade de música?

Castiel- Sim, é o plano, e ter uma banda talvez, e você, já que não pretende trabalhar com música, pensa fazer o que?

Eu- aí boa pergunta, não faço ideia (de novo essa pergunta, eu realmente preciso pensar sobre isso)

Castiel- Normal, tem tempo ainda (fala secamente, o que me assusta, já que a mudança bruta de sentimentos me pegou desprevenida)

Apesar de ter tentado de tudo para que Castiel se sentisse confortável, ficou claro que não deu muito certo, pois ainda que tivéssemos tido uma conversa agradável, a forma como ele fechou a cara de um minuto para o outro e voltou para o seu quarto sem mais nenhuma palavra me deixou indignada.

Até me ofereci para ajudá-lo a desfazer as malas, tentando entender o que eu havia falado de errado, mas só recebi um não como resposta. Com isso, voltei para meu quarto e liguei para os meus amidos, Lys, Rosa e Alexy em vídeo, uma vez que prometi que contaria como está sendo hoje

Eu- Oii pessoal (aceno com a mão esquerda, já que a direita segurava o celular)

Lys- Oi Lari, ele já chegou?

Alexy e Rosa- Ele é legal? Bonito? Desbucha menina (falam apressado)

Eu- Já sim Lys, acho que faz duas horas que ele já está aqui, ele parece legal, mas não conversa muito e muito menos de sorrir

Lys- ah espere um pouco, ele está em um país estranho cheio de gente estranha, talvez esteja apenas deslocado (diz calmamente como sempre)

Rosa- É pode ser, faz sentido, mas o mais importante é, ele é bonito? Hahaha

Eu- Olha, ele vai estudar na nossa escola, tire suas próprias conclusões (digo vermelha)

Alexy- Ele deve ser lindo para você estar mais vermelha que um tomate ahhahahha

Lys- hahah dê um tempo a ele, e amanhã você o apresenta para gente

* ficamos conversando até a hora do almoço *

Me despeço deles e desço para ver se minha mãe precisa de ajuda com o almoço e me surpreendo com o que eu vejo, minha mãe arrumando a mesa e o Castiel com um avental de flor segurando uma panela de macarrão. Eu até iria dar risada da situação, mas algo me chamou a atenção, antes de eu chegar ele parecia estar rindo, só que parou na hora que me viu, teria um motivo ou é paranoia minha?

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Eai? Qual será o problema dele?
Até a próxima amorecos S2