6- Problemas com o encanamento

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Callie Torres

Passamos a manhã todo no centro da cidade. Além de comprarmos o material para a construção compramos algumas coisas que estava faltando em casa.

Assim que passamos pela dutra vimos uma brechó de móveis antigos, e é claro que não resistimos e fizemos o retorno. Descemos do carro e entrelaçamos nossos dedos.

Olhávamos tudo com detalhes, não poderíamos correr o risco de comprar algum móvel gastado. Todas as casas que vendemos são mobiliadas, e tínhamos uma casa no final da cidade que estávamos tentando vender a quase dois meses.

Como havíamos parado ali apenas para dar uma olhada voltamos para o carro, e comecei a dirigir ao destino da casa que estava sendo reformada.

- Isso aqui está longe de terminar -disse minha esposa caminhando ao meu lado.

A casa havia parado as reformas motivos que eu tentaria descobrir agora.

- Ei Jackson -Apertei a mão do homem negro de porte forte com a camiseta regata.

- Ei meninas. Chamei vocês aqui porque encontramos alguns problemas com o encanamento.

Caminhamos até a área da cozinha onde tinha uma grande poça da água.  Arizona cruzou os braços com um grande bico nos lábios. Aquilo significaria mais gastos, e estávamos tentando economizar o máximo possível agora que tínhamos três filhos o gasto era o dobro, e havíamos planejado adotar apenas um.

- Eu conversei com um amigo, e ele arruma isso por um preço abaixo da tabela -explicou o homem.

Jackson Avery trabalha com nós a alguns anos. Além de nosso funcionário é um dos nossos melhores amigos. E uma pessoa muito confiável.

Depois dele explicar tudo voltamos para a casa. Enquanto Arizona pegava os menores na escola eu preparava um lanche, já que eles saiam do colégio duas horas da tarde.

(...)

Enquanto eu lia o meu livro deitada na rede do fundo de casa. Lola brincava com as suas bonecas ao meu lado. Sua inseparável boneca batatinha estava ao seu lado sendo alimentada.

- Come todo, tu estupida niña. - disse a garota fazendo uma voz brava apontando para a boneca.

*coma tudo sua garota estúpida*

Me sentei tão rápido na rede que senti até uma tontura na hora. Mas a frase da menina de apenas sete anos ecoavam por minha cabeça.

- Lola, não se pode falar essas coisas princesa -disse seria olhando em seus olhinhos.

- Batatinha es una chica malvada que no come.

- Sério Lola se você disser palavras feias de novo vou te colocar de castigo -falei firme. Seus lábios tremeram querendo chorar.

Você precisa ser firme, Calliope. Repeti pra mim mesma. Eu não poderia abaixar a guarda agora.

- Somos entendidos? - segurei em suas mãozinha.

*Estamos entendidas?*

- - assentiu.

Voltei para o meu livro e Lola largou os brinquedos de lado e correu para o jardim ao ver um passarinho pousar ali. Aos poucos estavamos conseguindo impor regras nas crianças, com Lizzy estava sendo um pouco mais difícil, talvez pela idade dela.

Estávamos todos sentados em volta da mesa jantando quando Lizzy nos contou sobre o jogo de futebol que teria amanhã de manhã. Ela contou como se não fosse uma grande coisa, Arizona me olhou do outra lado da mesa e sorriu. Essa era primeira vez que Lizzy conversava com nós sobre algo de seu dia-a-dia.

- O quê você acha de todos irmos torcer por você? -perguntei cortando a carne de Lola em pequenos pedaços.

Seus olhos brilharam e um grande sorriso iluminou o seu lindo rosto.

- Sério? -Arizona e eu assentimos - Vai ser legal ter alguém torcendo por mim.

Durante o jantar o sorriso não sumiu de seu rosto, e a menina até chegou a elogiar a comida de minha esposa. O que deixou minha esposa toda sorridente.

(...)

Naquela manhã de sábado saímos para o primeiro jogo de Lizzy. Eu e ela havíamos saído mais cedo, já que a treinadora pediu para o time todo chegar um hora antes. E Arizona e os pequenos viriam logo depois.

- Callie -Lizzy tocou levemente em meu braço enquanto caminhávamos pelo campo.

- Sim -me virei sorrindo para a garota.

- Obrigada por cuidarem de mim e de meus irmãos. -ela me deu um sorriso fechado e voltou a olhar para frente.

Eu sei o quanto foi difícil para ela falar isso, Lizzy é uma garota fechada. Ela constrói muros em volta dela, e que ninguém consegue entrar.

Passo o braço em volta dos ombros da morena com o uniforme vermelho e branco. Acredite esse era o nosso primeiro toque mais íntimo desde que ela e os irmãos estão morando com nós.

Faltava pouco para o jogo começar, a arquibancadas de madeiras com alguns degraus estava começando a lotar com os familiares. E nada de Arizona e as crianças chegaram, os times começaram a entrar em campo e de longe vi Lizzy olhando para mim, a mesma ia atravessar o campo quando a treinadora lhe segura pelo braço e diz alguma coisa e ela apenas assenti voltando com as outras meninas.

Olho para o lado e lá esta Arizona segurando na mão de Lola, e Gael andando de pressa ao seu lado.

- Oi amor desculpa pela demora -disse afobada beijando rapidamente os meus lábios.

- O jogo vai começar agora -avisei acomodando as crianças ao meu lado -O que aconteceu?

Gael estava com os olhos úmidos olhando para um ponto fixo qualquer. Seus braços estavam descansando em cima de seus joelhos dobrados.

- Ele ficou preso no banheiro, ai achou uma boa ideia sair pela janela, em vez de pedir ajuda e acabou ficando com a cabeça presa. -explicou minha esposa.

- Entendi -balancei a cabeça olhando para o campo.

Eu não estava surpresa com o acontecimento, se ele não aprontasse alguma, ai sim eu ficaria surpresa.

De Repente Uma Família | Calzona  Onde histórias criam vida. Descubra agora