3- Vocês são namoradas?

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Quarta mal consegui pregar os meus olhos, acordei umas três vezes no meio da noite. A visita para o irmãos Ramirez estava marcada para depois das nove, desmarcamos todos os nossos compromissos naquela manhã, eu não via a hora de conhecer os meus filhos

Meus filhos.

Será que é cedo demais para dizer isso, filhos?! Não sei, só sei que darei o melhor de mim.

Acordei Callie às sete em ponto, o sol já estava dando de esquentar. Enquanto Callie se banhava, eu preparava o nosso café, e organizava a sala que havia ficado uma bagunça depois de assistirmos alguns filmes até tarde da noite.

Nove e dez estavamos paradas em frente a casa que abrigava os irmãos.

As mãos de Callie suavam fria agarradas a minha enquanto aguardavamos as crianças descerem. Um casal na casa dos seus cinquenta anos que nos recebeu, eles pareciam nada amigáveis e logo nos mandou sentar em um pequeno sofá da sala na estar.

- Oi, vocês devem ser Callie e Arizona -disse Lizzy apertando nossas mãos. Nem parecia aquela garota debochada que havíamos conhecido -Eu sou Lizzy, Lola e Gael já vêem.

- Oi, Lizzy. Eu sou a Callie - a latina se levantou apertando a mão da jovem de pele bronzeada e os olhos caramelos.

Gael e Lola não demoraram a descer, eles eram ainda mais fofos do que nas fotos. Lola era uma graça, com uma boneca nos braços a menina seguro em minha mão enquanto saímos para um passeio. Levariamos eles a uma pracinha que não ficava muito longe de suas temporárias casas.

Todos colocamos o cinto, enquanto o carro estava em movimento o silêncio reinava no carro. Callie olhou para mim dando um sorriso fechado.

- Vocês são namoradas? -a voz rouca e infantil de Lola quebrou o silêncio.

Antes que eu ou Calliope respondessemos Lizzy repreendeu a irmã por tal pergunta.

- Tudo bem, Lizzy -Olhei para as crianças no banco de trás -Lola, eu e Callie somos casadas -sorri para a garotinha que me olhava com seus olhos pequenos castanhos.

- Mais vocês são duas meninas -disse a mais nova sem entender.

Eu olhei para Callie buscando por ajuda. As palavras pareciam ter fugido de minha boca.

- Quando duas pessoas se amam não importa se são do mesmo sexo, o quê importa é o amor que sentem uma pela outra.

Acreditem, essas palavras não saíram da boca de minha esposa. O tão calado Gael disse olhando pela janela do carona. O menino me olhou rapidamente e sorriu timidamente, e voltou a apreciar as paisagens de Califórnia.

Passamos boa parte da manhã no parquinho brincando com as crianças. Poucas horas com eles percebi que Lizzy era bem fechada, e apesar da pouca idade se portava como mãe do irmãos, sempre que eles faziam algo de errado, ou faziam manha ela chamava suas atenção.

Gael era o garoto calado atrapalhado, ele apenas falava o essencial. E sempre se machucava. Lola era a garotinha das perguntas sem fim, e descobri que ela ama batatas, por isso que a sua inseparável boneca se chama batatinha.

Como havíamos combinado com assistência social às onze horas os deixamos na casa dos Adanca's. Eu já estava apaixonada por eles, e pelos olhos cheio de lágrimas de Callie ao se despedir posso dizer que ela também.

(...)

Se passou quatro dias desde que visitamos as crianças. Carmen disse que entraria em contato assim que tivesse alguma novidade.

- Assistindo o quê? -perguntei deitando em cima do corpo de Callie no sofá da sala

- Um presente para Helen - seus lábios beijaram o topo de minha cabeça -Você está molhada, pasión

Molhada, ela não sabia o quanto, não só lá em cima, como também lá embaixo. E não é apenas por causa do banho que acabei de tomar

Se é que me entendem.

Beijei os seus lábios lentamente enquanto eu me sentava em seu quadril. Meu vestido sobe deixando minhas pernas descoberta, o ar nos falta infelizmente. Calliope leva os lábios até o meu pescoço oras chupando,oras mordiscando se sentando comigo em seu colo

- Isso amor -gemi me esfregando nela, suas mãos apertaram minha bunda

- Gostosa, muito gostosa

Nossos lábios se conectaram mais uma vez. Sua língua explorava cada canto de minha boca, arranhando minha nuca. Enfio minhas mãos por dentro de sua camiseta de malha brincando com o bico de seu seio fazendo a mesma arfar durante o beijo

- Eu preciso de você dentro de mim -sussurro quebrando o beijo

Suas pupilas estavam dilatado, seu olhos castanhos me fitavam com intensidade. Colocando minha calcinha pro lado estimulava o meu clitóris

Eu sentia o orgasmos chegando, um,dois, três dedos seu foram colocado dentro de mim me fazendo soltar um gritinho de dor e prazer. Comecei a subir e descer em seus dedos, Callie chupava um seio meu que havia saltado para fora do vestido soltinho... Fechei os olhos com força sem parar de rebolar quando dei por mim tinha gozado nos dedos de minha esposa.

Encostei a cabeça em seu ombro e seus braços rodearam em volta de meu corpo que se recuperava de um orgasmo.

- Te amo -deixei um beijo em seu rosto

- Também amo você

Ficamos ali no sofá abraçadas, uma agarrada ao corpo da outra. Até que fomos tiradas de nossas bolhas coloridas pelo celular de Callie tocando em cima da mesinha de centro. Esticando os braços a morena pegou o celular e me olhou ao ver que era Carmen da assistência social ligando e colocou no viva-voz para eu poder ouvir também

- Alô

- Oi, Callie. Os papéis para a guarda provisória dos irmão Ramirez já sairam

Callie olhou para mim sorrindo

- Que ótimo, Carmen. Quando podemos buscá-los?

- Se quiserem podem ir ainda essa semana, só me falarem o dia e o horário que ligo avisando Adanca's

- Nós vamos amanhã mesmo -disse Callie e eu concordei - Passaremos lá as cinco, OK?

- Ótimo, falo com vocês em breve. Tchau

Logo a ligação foi encerrada, e a ficha foi caindo aos poucos. Me sentei com tudo no sofá

- Vamos ser mamães -senti os olhos arderem



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