7- Regras

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Arizona Robbins

Depois do jogo de Lizzy saímos para comemorar a vitória de seu time de 2×1, um gol sendo dela. Foi uma partida animada, eu nunca tinha visto Lizzy tão feliz assim.

Tomamos sorvete em uma sorveteria próximo do campo, e depois deixamos a menina sair para comemorar com as amigas, combinamos que ela estaria de volta em casa às oito da noite, e já passava das dez e nada da menina voltar ou atender o celular.

- Eu disse que não era um boa ideia deixá-la sair sozinha -avisei deitando a cabeça no ombro de Callie.

- Você já disse isso.

Mesmo não vendo os olhos da latina, eu sabia que ela estava revirando os olhos. Estávamos sentadas na sala esperando a nossa filha mais velha voltar, a sala toda estava escura apenas uma iluminaria iluminava
aquele cômodo.

A adoção não estava se parecendo nada do que eu imaginava, claro que eu sabia que teríamos dificuldades de comunicação no início, mas não à esse ponto. Gael e Lola até que estavam dando menos trabalho, já Lizzy vocês podem ver na situação que estamos agora.

Claro que não me arrependo, de minhas escolhas, mas se as coisas fossem um pouquinho mais fáceis, seria bem menos complicado.

- Melhor irmos pra cama amor -sugeri beijando o rosto de Callie.

Assim que nos levantamos, a porta da cozinha é aberta. E com toda a certeza, é ninguém menos, que Lizzy Ramirez.

- Ay Dios mío -murmura a de traços latinos, com a mão no peito.

- Parabéns por sua responsabilidade -digo batendo as palmas de minha mão, em pura ironia e chateação - Pontualidade com certeza é o seu nome do meio.

Callie toca em meus ombros, me pedindo pra acalmar. Respiro fundo, fechando minhas pálpebras, e abrindo lentamente. A irresponsabilidade dela, poderia colocar a adoção de todos eles em risco. E como minha esposa lese os meus pensamentos ela disse:

- Lizzy, essa sua falta de responsabilidade, poderia colocar em risco, não só a sua adoção como a de seus irmãos. Imagina se te acontece alguma coisa?! Arizona e eu perderíamos na hora a guarda temporária de vocês.

- Só são algumas horinhas a mais. Estávamos tão distraídas, que perdemos a noção das horas. -se explicou. Mesmo assim não adiantou de nada para mim, sua explicação.

- Nada justifica isso. Agora vá para o seu quarto, e à partir de hoje, passeios apenas com a sua família -disse firme fazendo a mais nova revirar os olhos.

A mesma olhou para Callie, como minha esposa disse nada, ela bufou dando as costas para nós. E em um sussurro disse:

- Ni siquiera somos una verdadera familia.

*Nem somos uma família de verdade*

Sou casada com uma latina a anos, mais eu sabia apenas o básico da língua materna de minha esposa.

- O que ela disse? -perguntei sendo puxada por Calliope, para um abraço.

- Nada meu amor, nada -ela beija minha têmpora carinhosamente.

(...)

O final de semana tinha sido agitado como todos os dias. Pela primeira vez tínhamos levado as crianças até a casa de minha mãe. Foi um almoço agradável na medida do possível. Meus pais se apaixonaram pelas crianças, e Lizzy não nos deu problema algum... Claro que ela ainda estava com raiva de mim, como se eu tivesse feito, ou falado alguma coisa de errado.

Era uma segunda-feira, e antes de deixarmos as crianças na escola, Callie e eu resolvemos impor regras em casa. Além de nós duas, eles também teriam que ajudar em casa.

- Vamos lá galerinha, todo mundo sentado. Tia Ari e eu, queremos conversa com vocês, antes de sairmos

Os três deixaram as mochilas na bancada, e se sentaram na banqueta alta, e eu coloco Lola sentada na bancada segurando o seu pequeno corpo. A menininha passa docemente as mãozinhas delicadas por meu cabelo, arrancando um sorriso de meus lábios.

- Ari e eu conversamos, e achamos importante vocês terem responsabilidades de acordo com a idade de vocês.

Todos escutam atentamente tudo, Gael parece se distrair as vezes, mas noto ele sempre acenar em concordância.

- Vamos começar pelos menores. -diz a latina mais velha.

Atrás de Callie tem um quadro negro, o qual sempre usamos para deixarmos recados, ou fazer anotações importantes. A latina com o giz escreve o nome de cada criança, e as suas funções.

- Eu sou a menor, titia -diz Lola alegremente balançando a cabeça.

- Sim, princesa Lola, você terá que guardar todos os brinquedos que ficar espalhado pela casa, e ajudar a por a mesa, durante as refeições. Esta de acordo senhorita Dolores? 

- Sim, estou de acordo, senhorita titia.

Minha vontade é de aperta as bochechas gordinhas da minha pequena latina.

- Gael, sua responsabilidade é separar o lixo, e levá-lo para fora. Arrumar sua cama de manhã. Consegue fazer isso? - Callie se dirige ao menor que se limita com um breve aceno de cabeça.

- Ótimo. Lizzy, por a louça toda na máquina, lavar o quintal uma vez por semana, e ajudar Arizona e eu a preparar o jantar - continua minha esposa.

Lizzy olha para nós duas, e tenta protestar, mas de nada adianta. Deixamos claro que a palavra final, era sempre minha e de Callie. Sem alternativa, a menina concorda.

- E é isso, agora todos a bordo, que o trem vai partir -Callie fica de costas para Lola, e a mesma envolve as pernas no quadril de minha esposa, e passa os braços por seu pescoço.

E quando todos já pegaram suas coisas saímos porta a fora. E o nosso dia só estava começando.





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