Callie Torres
Sempre que as crianças voltavam de uma visitação da mãe, eles pareciam dá um passo para trás. Lola voltava com as birras, Gael não prestava mais atenção no que fazia, e Lizzy voltou com a sua rebeldia.
Ao total foram três visitas de Alejandra. Arizona não estava feliz com isso, e muito menos eu. Essas idas e vindas, estava confundido suas cabecinhas.
E hoje era mais uma reunião de grupo. Eu não estava empolgada, queria apenas ficar em casa, porém nossas amigas nos incentivou. Pois se realmente quiséssemos a guarda dos três, teríamos que ir até o fim, não poderíamos dar motivos para tirarem as crianças de nós.
E aqui estávamos, sentados em círculo ,sorrindo e rindo das experiências de nossos colegas, como toda semana. Durante esses cinco meses, nos tornamos próximos, eramos todos uma família, que vibravamos com a conquista do outro, que ficamos tristes, quando dava algo errado. Mas hoje era diferente o casal de Gay, finalmente havia ganhado na justiça a guarda de sua filha. E isso só me motivou, a continuar a lutar por nossos filhos.
- Que notícia maravilhosa, estou feliz por vocês - disse Arizona abraçando os dois
A sala toda comemorou por eles, que choravam de felicidade.
- Agora é a vez de Callie, e a Arizona - disse Leila
Arizona e eu nos olhamos. Como um sinal positivo, ela me pediu para começar.
- Bom, desde a mãe biológica saiu da cadeia, ela tem vistado às crianças três ou quatro vezes. E desde de então as coisas voltaram a sair do controle, e quando estamos botando os pingos nos "i",tem outra visita, e tudo sai de novo de nosso controle
- E a gente se sente muito rejeitadas, e ,eu sei que isso me faz ser uma pessoa horrível, mas eu fico torcendo pra mãe deles voltar pra cadeia. - Ouvir a voz chorosa de minha esposa, me parte o coração. Eu sou capaz de fazer qualquer coisa para vela feliz
Deixo um beijo em sua bochecha, e entrelaço nossos dedos em seu colo.
- Isso não te faz uma pessoa horrível. Você está fazendo o seu melhor para mantê-las bem, e que se sintam amadas, Arizona - Carmen diz em sua habitual cadeira, lhe dando um sorriso reconfortante
- Não importa o quê aconteça, o tempo que às crianças passaram com vocês, fez a diferença na vida delas - Leila com a sua calma toda diz e Carmen apenas concorda
Eu e minha esposa assentimos. Afinal tínhamos dado oportunidades para os três estudarem em uma boa escola, aprenderam coisas que eles não sabiam que seriam capazes. E o melhor de tudo, demos muito amor, e carinho a eles.
- Espera, você disse "fez"?- Arizona franze o cenho
- Sim, ela disse - concordo, agora me dando conta de suas palavras.
- Depois conversamos sobre isso - Carmen tenta desconversar, mas o meu nervosismo não deixa. Eu quero saber agora, insisto até que ela sede
- Desde que a Senhora Ramírez deu o processo de visitação, o juíz mudou a audiência de vocês, para modificação de guarda. E ele vai decidir se às crianças estão prontas para retornar - finaliza
- E depois que passamos por tudo, tudo mesmo. Tivemos que lidar com birras, mau criação,e nos apegarmos a eles, ai você vem nos dizer que eles vão ficar com a verdadeira mãe? Quando é que vocês iam nos contar isso?
Eu só percebi que estava em pé, e que falava exageramente alto, quando minha esposa segurou em minha mão,me pedindo para me acalmar.
- Vocês precisam ter fé, nada foi decidido ainda
O clima havia mudado tragicamente. Uns ganham, e outros perdem. Ter fé agora era difícil
(...)
Chegamos em casa, como se um caminhão tivesse passado por cima de nós. Assim que entramos, Lola estava sentada na bancada colorindo um desenho ao lado de minha cunhada, Betty, seu marido jogava videogame com Gael, e Lizzy como sempre, não estava presente.
- Oi mamãe, oi momy - Arizona pega a pequena nos braços e deixo um beijo em sua bochecha
- Temos novidades - Betty diz empolgada tendo agora seu marido ao seu lado
Os dois parecem empolgados. Os seus sorrisos é capaz de rasgar seus rostos
- Vocês estão grávidos? - pergunta minha esposa animada
- Oh! Não... É outra coisa. Pete e eu, resolvemos entrar com um pedido de adoção - avisa Betty
Eu e Arizona nos entreolhamos sem saber o que dizer. Arizona dá um sorriso fechado pondo sua franja cumprida para trás da orelha.
- Nós vimos os de vocês, e adoramos. E além do mais sai bem mais barato que uma fertilização, o quê não é o nosso caso. Então vamos começar semana que vem - quem diz agora é Pete.
- O que vocês acham?
- O que eu acho? Eu preciso usar o banheiro - diz Arizona. Eu apenas do de ombros em um pedido mudo de desculpas.
Minha esposa segue para o banheiro, depois de colocar a Lola ao chão. A menininha que tem a batatinha nos braços, segue até a porto do banheiro, e se senta ali esperando a loira sair.
E foi outro dia exaustivo, demos o máximo de atenção as crianças. Não queriamos demonstra nossas chateações, afinal eles não tinham culpa de nada do que estava acontecendo.
E no final da noite, acabamos indo jantar fora. Apesar de todo o cansaço emocional, queriamos passar o máximo de tempo possível em família, eu queria fotografar cada momento, cada sorriso, cada abraço. Não sabia quando aquilo poderia acabar, e muito menos como... Eu só não queria perder os meus filhos... E por mais que tentasse ser otimista, eu era grande o suficiente para saber que a justiça estaria ao lado da verdadeira mãe, mesmo ela não estando ao lado deles quando eles mais precisaram.
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De Repente Uma Família | Calzona
Fanfiction[Concluída]Callie e Arizona decidem adotar uma filha, Lizzy, uma garota de temperamento forte. Como ela tem dois irmãos mais novos (Gael e Lola), o casal decidem criá-los também. Agora que elas precisam educar três crianças indisciplinadas e barulhe...