13- Vai dar tudo certo

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Callie Torres

- Boa aula crianças - digo ao ver os dois descerem do carro.

Assim que vejo as duas figuras entrarem dentro da escola, coloco o carro em movimento. Eu tinha muitas coisas para fazer no centro ainda, e passar na casa que Jackson havia finalizado a obra.

Estaciono o carro em frente ao prédio de Addison, e envio uma mensagem para a ruiva avisando que eu já havia chegado.

Dez minutos depois a ruiva entra em meu carro, com o seu habitual terninho feminino.

- Bom dia luz do dia - diz logo depois de deixar um beijo em minha bochecha

- Que animação é essa? - sorrio colocando o carro em movimento. A ruiva que continua a sorrir, ajeita o cabelo em frente ao espelho de seu banco.

- A vida é bela, o sol está brilhando, os pássaros cantando.

- Tá, você e Meredith passaram a noite toda transando - resumi o seu entusiasmo.

Não que minha amiga não fosse uma pessoa alto astral, mais hoje, ela estava o dobro, ou o triplo.

- O quê? Calliope- a mesma solta uma gargalhada - Sim, e hoje pela manhã antes dela sair para o trabalho. Você sabe como Mer, ama sexo matinal, e bom, eu apenas aproveito

Eu acabo rindo, minha amiga era uma figura. Eu amo tê-la por perto. Fazemos nosso trajeto com muitas risadas, e pondo a conversa em dia. Fazemos algumas paradas como no Banco, no posto de gasolina para abastecer o carro, na papelaria, para comprar alguns matérias que Lizzy pediu para fazer o trabalho de Geografia, e pegamos dois copos de café na cafeteria, e por fim na casa para receber visitantes interessados em comprar o imóvel.

Estacionei o carro em frente a casa no final da rua. Peguei minha bolsa no banco do passageiro, e Addison fez do mesmo. Enquanto caminhávamos pela trilha de pedra, eu contava a Addison sobre a mãe das crianças querer velas.

- Nossa amiga, mais ela pode fazer isso, ver as crianças quando ela quer? - perguntou depois de dar um grande gole em seu café

- Infelizmente sim. A Ari ta inconformada. Ela anda tão triste, ela tem medo da tal Alejandra querer as crianças de volta

- Situação chata. Vai dá tudo certo, vocês são ótimas mães, e o juíz com certeza irá escolher deixar as crianças com vocês

- Espero que sim, nos apegamos tanto a eles, e eles a nós - suspiro

Abro a porta principal, e caminho pela casa mostrando tudo a Addison, antes do casal chegar. O trabalho de Avery tinha ficado ótimo como sempre, tinha superado nossas expectativas

O motivo de Addison vim comigo, e não Arizona,é pelo simples fato de minha esposa ter acordado gripada e preferiu ficar descansando. E como Addison estava de folga no trabalho, acabei a convidado.

(…)

- E aqui ao fundo -abri a porta francesa que dava acesso a área externa - Temos a área de lazer, não fizemos piscina, mas tem espaço para por uma se vocês optarem em ter uma

- Até preferimos que não tenha uma. Temos um menininho de dois anos, e é só piscar os olhos que ele esta aprontando - o homem de estatura alta de porte forte diz sorrindo, e o seu companheiro, que é um pouco mais baixo, de cabelos castanhos, e um visual mais nerd concorda

Voltamos para dentro da casa, os dois entrelaçam os dedos e fazem elogios pelo belo acabamento. E por fim dizem que vão ficar com a casa, mas antes eles tentam negociar o preço, que julgam estar um pouco salgado, mais logo trato de explicar que pelo bairro, e por ser uma casa no final da rua, e por fim fechamos negócio pelo preço que estava a venda.

(…)

O relógio em meu pulso marca uma e meia da tarde. Deixo a chave, e a sacola com uma marmitex em cima da mesinha de centro na sala, e a bolsa na poltrona. Me abaixo ao lado do sofá, onde minha adorável esposa dorme encolhida, com o corpo envolvido em uma manta. A tevê está ligada no canal h&h, e nele passa Cake Boss com Buddy Valastro.

Deixo um beijo em sua bochecha, e outro em seus lábios. Não me importo por ela estar gripada, eu queria apenas dar um carinho a minha esposa.

Enquanto lhe encho de beijos, um pequeno sorriso surge em seus lábios, as covinhas que tanto amo surgem em suas bochechas avermelhadas.

- Desculpa em te acordar, pásion. Mais você precisa se levantar para comer alguma coisa. Eu trouxe sua comida preferida

- Por isso que eu te amo -diz passando os dedos pelo meu rosto - você é incrível - a mesma sela nossos lábios em um selinho demorado - Agora chega, eu não quero que você fique gripada

Sua voz anasalada me faz rir, e em troca recebo um tapa em reprovação. Levo a marmitex até a cozinha, e coloco o filé de frango à parmegiana, com arroz com nozes, no prato, pego um garfo e uma faca. Com tudo na bandeja, junto com um copo de suco, levo até minha esposa que se encontra sentada no sofá com as pernas dobradas.

- Obrigado, amor

- De nada. Tomou o remédio como eu pedi? - me sento ao seu lado

Depois de levar uma grande garfada da comida a boca, com a boca cheia ela responde: - Sim, eu já estou um pouco melhor.

Pego o seu suco, e tomo um pouco, fazendo a loira semicerrar os olhos para mim, mais ela logo sorrir quando lhe roubo um selinho

- Como foi o encontro com o casal?

Conto tudo a ela com detalhes, eu sei como minha esposa é curiosa, e gosta de tudo detalhado. Depois dela comer passamos à tarde toda abraçadas no sofá assistindo programas aleatórios até dá o horário de buscar as crianças na escola.

O celular em cima da bancada da cozinha começou a tocar, sai de trás de Arizona, e caminhei até o aparelho que não parava de tocar.

Quando pego o celular, e vejo o nome de Carmen aparecer, o meu coração gela já imaginando o que deve ser. Atendo o mesmo, e volto para a sala de estar, e quando Arizona pergunta quem é, eu digo ser a Carmen.

Seu semblante muda completamente. Agora sentada ao seu lado, coloco no viva-voz. Tendo os seus dedos entrelaçados com os meus

- Oi Carmen, como vai?

- Oi, Callie bem. Estou ligando para avisar que a data da visitação de Alejandra saiu

Eu e Arizona nos entreolhamos. Ela morde o lábio inferior com força, e eu deixo um beijo em sua têmpora.

- E será quando?

- No último domingo desse mês

- Certo, daqui à duas semanas

- Isso, vocês devem levá-los até a praça do centro, às duas da tarde, e pegá-los à cinco.

Ficamos em silêncio, e Carmen nos chama perguntando se ainda estávamos na linha.

- Não se preocupem que uma assistente social estará junto. Mais informações eu entro em contato. Vejo vocês quinta-feira na reunião. Tchau

- Até quinta, tchau - encerro a ligação jogando o celular em um canto qualquer do sofá

Arizona beija o meu pescoço, e abraça a minha cintura com a cabeça enterrada no vão do mesmo.

- Precisamos comunica-los desse encontro - murmuro

- Infelizmente sim.

- Vai dar tudo certo, pásion, vai dar tudo certo.




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