Carla
Sobre seu corpo, sentia suas mãos viajando pelas minhas costas, enquanto as minhas, em um ato de reconhecimento e desespero, seguravam seu rosto. Nossas bocas se tocavam nervosamente, insaciavelmente, mais por minha parte que da dela.
Seus lábios são macios, calorosos e saborosos. Acho que nunca beijei alguém como ela, que beijasse como ela, que me enlouquecesse como ela me enlouquece. Sua língua toca a minha em movimentos lentos e, ao mesmo tempo, ágeis. Controverso? Posso dizer que sim, mas, não sei explicar, é um misto de tantas sensações que me perco em tentativas de comparações. "Não há com o que comparar essa sensação".
Percebo suas mãos baixando em direção a meu traseiro e um leve apertão que me faz suspirar e apertar minhas coxas em seu corpo, enquanto um risinho dissimulado surge em seus lábios, ainda colocados aos meus. Levemente, noto como vai as subindo e levando com elas minha blusa que, até esse momento, ainda se encontrava por dentro de minha calça.
Após retirá-la de dentro de calça, deixa seus dedos viajarem pela frente de meu corpo e, calmamente, começar a desabotoar cada botão, não demorando a deixar meu dorso totalmente exposto aos seus olhos, afastando sua boca da minha e deixando seu olhar passear pela minha pele, junto ao meu sutiã, à mostra.
– Bela peça. – Comentou com um leve sorriso e segurando minha cintura com ambas as mãos.
Eu usava um conjunto de renda preta que havia escolhido especialmente para esse momento. Não era nada demais, simples é como posso descrevê-los, mas suficientemente sexy para o instante.
– Gostou?! – Perguntei, me deixando ser observada e me sentindo bem com isso.
– Adorei. – Respondeu, soltando uma das mãos e as levando até a borda do tecido, permitindo que seus dedos tocassem delicadamente minha pele e com isso me arrepiando. – Prefiro sem eles, mas... o que posso dizer?!... – Sorriu provocativamente. – Me excita imaginar o interior.
Após dizer isso, levou a outra mão por debaixo do pano de minha camisa, até minhas costas e, numa perícia invejável, desabotoou a lingerie, a deixando pendendo à frente de meu corpo.
Atena volta a beijar meu pescoço, dessa vez de uma forma mais forte, me fazendo agarrar em seu ombro e gemer de maneira contida. "Não... não me deixa marcada".
Seus lábios descem por meu colo, alcançando o vale de meus seios e, com o olhar provocante e abusado, vejo como morde a tela de meu sutiã, o erguendo e deixando meus seios à mostra e me enche de espectativa. Sua língua, atrevida, joga com meu mamilo, me fazendo agarrar sua cabeça e enfiar a minha entre seus cabelos, me misturando com seu perfume, tão maravilhoso e marcante para mim.
Brinca com sua língua, morde levemente, suga fortemente, me levando a loucura, a alucinação. Sua boca abandona meus seios, deixando ali suas mãos, que não param de me satisfazer com seus toques, e passeia por minha pele, me estremecendo. Olho em seus olhos penetrantes e ousados e esses se conectam com os meus.
Atena volta a subir seus lábios de encontro aos meus e me beija sofregamente, arrancando meu alento e me levando à loucura.
– Levanta. – Sussurra, com seus lábios ainda sobre os meus, e eu obedeço, ficando de pé à sua frente. – Tira essa roupa pra mim. – Praticamente ordena, me olhando de uma forma lasciva.
Queria poder dizer que não me deixei mandar por ela, mas mentiria vergonhosamente.
De uma forma lenta e sem desviar meus olhos dos dela, começo a retirar minhas peças, que vão caindo uma a uma, devagar, até que me encontro somente de calcinha... diante dela que me olha de uma maneira pícara.
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Refém do Desejo (Romance Lésbico)
RomanceEra uma noite como qualquer outra, uma festa como qualquer outra das quais eu frequentava... Foi a primeira vez que a vi, foi a primeira vez que a desejei, foi o início do meu calvário. Entre o desejo latente e as obrigações, o que deveríamos escolh...