— O que é isso? — diz se aproximando da loira.
— Apenas uma cicatriz — ela tenta pegar sua camiseta, mas ele a encurrala contra a parede.
— Não é certo você fazer isso comigo.
— Não estou fazendo nada.
— Então me deixa sozinha para me vestir.
— Essa marca — ele tenta tocar, mas ela recua.
— É apenas uma cicatriz feia e sem importância.
— Eu não consigo resistir a esse seu cheiro.
Suas presas ficam salientes e seus olhos vermelho sangue. A veia em seu pescoço salta e Mavi da um grito de terror ao ver tal coisa. Ela pensava que era muito azarada para acabar logo na casa de um vampiro.
Jeremiah a derruba na cama em velocidade sobrenatural e afasta seu cabelo para em seguida cravar seus caninos afiados no pescoço da loira. Mavi solta um grito fino e esperneia, mas a cada segundo ela ficava mais fraca e era impossível se soltar, mas por algum motivo o vampiro a solta e se levanta com uma expressão de raiva e dor.
— Você tem veneno nas veias — ele grita enraivecido.
— Você suga o meu sangue e ainda diz que ele é ruim? Poderia no mínimo dizer que é bom.
— O quê? Ah esquece! Você vai me dizer o que fez para o seu sangue me fazer mau?
— Eu não fiz nada e nem sei do que você está falando.
— Você vai ficar trancada nesse quarto até sua memória voltar — diz o loiro saindo e trancando a porta em velocidade vampiresca.
...
— Como eu fui burra — diz Mavi comendo um punhado de balinhas que estavam em um saco em sua bolsa — até pareço uma personagem de livro clichê.
— Agora deu para falar sozinha?
— Deve ser efeito colateral da sua mordida.
— Muito engraçado, mas não sei como você pode ter tanto humor numa hora dessas.
— Se for para morrer que seja com bom humor pelo menos.
— Eu não entendo você.
— Eu não posso ser compreendida — ela da de ombros.
— Eu queria te decifrar — ele aproxima seu rosto do dela.
— Acha que vai me seduzir antes se me matar?
— Quem disse que eu vou te matar?
— Então vai me seduzir?
— Se eu quisesse já o teria feito — diz convencido.
— Eu sou muito difícil, senhor vampiro.
— Haha você é única mesmo.
— Sabia que iria reconhecer que como eu só existe uma — ela diz fingindo que iria o beijar, mas se levanta deixando o mesmo desconcertado.
— Passou a noite inteira acordada?
— Dormir algumas horas, nunca fui de dormir muito.
— Pensei que os humanos precisassem de oito horas de sono.
— Talvez precisem, mas como eu disse eu sou única.
— Você é bem peculiar e tem uma marca ainda mais.
— É apenas uma cicatriz.
— Era mais fácil você dizer que é uma tatuagem do que cicatriz.
— Eu tenho desde que me conheço por gente, então pode ser uma marca de nascença.
— Talvez seja, mas eu quero ver mais uma vez.
— Não mesmo!
— Você não tem escolha.
— Não vou te mostrar minha barriga.
— Para de frescura e mostra logo ou...
— Esta bem mas só um pouco — ela levanta um pouco a camiseta.
— Parece um cálice ou algo do gênero.
— Já viu demais — ela abaixa a camisa.
— Daqui a pouco minha mãe te trás o café da manhã.
— Que seja então.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Garota veneno ( Concluído )
RomanceNuma viagem para Transilvânia, Mavi Hermmans acaba por se meter em uma tremenda confusão. O que acontece quando se irrita um vampiro? Talvez você não fizesse isso, mas e quando não se tem culpa? Com uma pitada de humor, e um bom romance, você irá c...