Capítulo três

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A casa era enorme e antiga, mas bem cuidada, os móveis pareciam ser de outro século e o portão e portas lembravam os de filme de suspense, aqueles que se passam em casarões antigos

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A casa era enorme e antiga, mas bem cuidada, os móveis pareciam ser de outro século e o portão e portas lembravam os de filme de suspense, aqueles que se passam em casarões antigos. Mavi é recebida por uma mulher de altura mediana que possuía longos fios cacheados de tom chocolate e a pele parda. Seus olhos negros e grandes logo fitaram a garota e a mulher a recebeu com um sorriso de canto a canto.

- Você deve ser a Mavi - ela lhe cumprimenta com um beijo no rosto - Pode me chamar de Dorothea.

- A senhora é muito bonita.

- Muito obrigada querida, mas se sente e fique avontade - ela lhe mostra o sofá.

- Obrigada - a platinada sorri e se senta.

- Você veio da onde?

- Eu morava em Nova York, no subúrbio para ser mais exata.

- Você tem familia?

- Somente minha mãe e um irmão mais velho que já é casado e vive com a família em Porto rico.

- Muito bacana...mas o que te trouxe até aqui?

- Eu acabei de me formar na faculdade e resolvi tirar dois meses de férias.

- Se formou em que?

- Em filosofia, talvez eu de aulas numa oportunidade.

- Muito legal, mas que tal irmos jantar agora?

- Vamos sim. Jeremiah me disse que vocês sempre moraram na Pensilvânia.

- Nossa família é dona dessa casa há muitas gerações.

- É uma linda casa.

- Que bom que gostou - ela sorri e todos se sentam à
a mesa.

...


Após o jantar todos se sentam na sala para conversar. Mavi se sentia menos desconfortável com eles, e Dorothea era muito simpática e amável. As horas passaram tão rápido que só notaram quando o grande relógio no corredor soou indicando que passava da meia noite.

- Já está muito tarde e eu não sei como não notei a hora passar.

- É muito perigoso sair a essa hora mesmo de carro. É melhor você ficar e dormir num dos quartos de hóspedes.

- Eu não quero atrapalhar.

- Eu insisto - diz a mais velha.

- Tudo bem - ela é vencida pela insistência.

- Eu vou pedir para uma das empregadas arrumar o quarto e enquanto isso Jeremiah lhe faz companhia.

- Muito obrigada, Dorothea.

- É um prazer querida - ela sorri.

- É uma pena que só vai permanecer aqui por dois meses.

- Eu tenho que retornar para a minha casa em algum momento.

- Você sabia que se parece muito com alguém que conheci muito tempo atrás?

- Mas na aparência ou no jeito de ser?

- Acho que no jeito de ser.

- Minha mãe diz que sou única, mas ela deve esta enganada.

- Você é realmente uma jóia rara - ele sorri.

- O quarto está quase pronto e você pode vir comigo para pegar uma roupa para dormir.

- Claro Dorothea - Mavi a segue.

A mais velha lhe entrega uma camisola azul de manga longa e logo a conduz até o quarto. Assim que fica sozinha a jovem retira a jaqueta e logo depois a camiseta. Ao ficar de frente ao espelho ela pode observar a cicatriz na lateral de seu abdômen. Ela passa as pontas dos dedos por cima da mesma. Mavi sempre teve aquilo ali, mas nunca soube o que aconteceu e sua mãe nunca quis dizer. A porta se abre e a jovem se assusta e tenta se cobrir, mas a pessoa já tinha entrado.

Garota veneno ( Concluído )Onde histórias criam vida. Descubra agora