"A verdade pode ser como um remédio amargo que cura. Mas a mentira é como o veneno que mata".
- Já se passaram dois meses. DOIS MESES! - grita Jeremiah.
- Você estava responsável pela segurança dela. Eu queria ter levado minha filha para casa, mas VOCÊ me impediu.
- Eu não sei o que aconteceu para ela fugir assim - o loiro passa os dedos entre os cabelos.
- Minha filha pode ser bem intensa e tomar atitudes bem desnaturadas, mas ela não fugiria assim do nada sem ter um motivo.
- Ela disse que me daria um voto de confiança e que não fugiria. No dia em que ela fugiu uma pessoa esteve aqui.
- O que realmente aconteceu?
- Alexsander nos pegou num momento íntimo.
- Você dormiu com a minha filha?
- Isso não vem ao caso.
-- Você é um aproveitador mesmo.
- A Mavilin ficou no quarto enquanto nós conversavamos.
- Você tem certeza que ela ficou lá?
- Como assim?
- A Mavi é muito curiosa e não ficaria trancada no quarto sem saber o que estava acontecendo.
- Então ela ouviu tudo? - o vampiro se senta com uma expressão nada boa.
- Você deve ter dito algo que magoou ela.
- Mas eu queria apenas proteger ela. Se o concelho sobrenatural descobrisse, ela estaria em perigo.
- Agora ela pode realmente está correndo risco de vida.
...
- O pretende fazer? - indaga Aisha.
- Nesse momento eu pretendo terminar de depilar minhas pernas - diz passando a lâmina.
- Malin!
- O que foi?
- Não brinca comigo. Podem te descobrir a qualquer momento, e além disso você não pode resolver tudo se escondendo.
- Eu apenas queria mais um tempo para decidir o que fazer - a mesma lava a lâmina e a deposita sobre um pano limpo para secar.
- O que você pretende fazer?
- Vou enfrentar todos e dizer que se quiserem me matar ótimo, mas eu não vou continuar me escondendo.
- Eles vão acabar com você.
- Eu não pretendo doar o meu sangue para fazer uma cura, e muito menos para qualquer coisa, e eles precisam entender isso.
- Espero que uma de suas habilidades seja persuasão.
Mavilin pega uma regata e um shorts em sua mochila. Por algum motivo suas roupas estavam apertadas e ela pensava que talvez fosse pela mudança na alimentação. A loira prende o cabelo num rabo de cavalo e após se vestir calça um par de tênis e coloca a mochila nas costas.
- Me leve até o concelho sobrenatural.
- Por favor não faça isso.
- Eu não vou passar a vida toda fugindo e me escondendo. Em algum momento eles vão me descobrir e me matar. E o pior é se eles matarem as pessoas que eu amo.
- Se essa é a sua decisão.
- Me leve - diz incisiva.
- Tudo bem - diz contragosto.
- Eu sei que é uma atitude suicida, mas quem sabe um dia essa história venha a se tornar um livro?
- Acho que ninguém leria isso.
- Quem sabe?!
As duas seguem juntas até a casa aonde se encontravam os membros do concelho sobrenatural. Os representantes dos seres sobrenaturais não eram dos mais amigáveis, e eram demasiado rígidos, mas no fundo Mavilin tinha uma gota de esperança.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Garota veneno ( Concluído )
RomanceNuma viagem para Transilvânia, Mavi Hermmans acaba por se meter em uma tremenda confusão. O que acontece quando se irrita um vampiro? Talvez você não fizesse isso, mas e quando não se tem culpa? Com uma pitada de humor, e um bom romance, você irá c...