Capítulo doze

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Mavi sentia seu coração perfurado por dentro

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Mavi sentia seu coração perfurado por dentro. Ela estava com muita raiva por ter pensado que as coisas seriam como nos romances sobrenaturais, aonde o vampiro deixa sua frieza e sede por sangue de lado, ao ver aquela humana que dizem ser especial.

Mas a vida real não é um romance clichê que ela leria numa noite fria, mas sim algo amargo e difícil de engolir, mas que era necessário como tomar remédio quando se está doente.
Ela tinha aproveitado toda a distração para amarrar uma corda de lençóis na janela e descer. Mavilin era ótima com tecidos por conta das aulas de circo que fez quando criança.

A loira corre sem um destino ao certo, com apenas sua mochila e todos aqueles sentimentos e que a deixavam com a mente conturbada.  Sua vida amorosa nunca foi uma maravilha, e aparentemente isso não mudaria agora. Apesar de ser bem humorada e aparentemente ter uma resposta extrovertida para tudo, a garota ainda era daquelas que amava romance água com açúcar e livros clichês que a faziam suspirar.

— Eu devo ser a pessoa mais azarada desse mundo — diz Mavilin antes de tropeçar numa pedra e cair de barriga no chão.

Ela geme de dor e se vira de barriga para cima. Seu tornozelo doía muito por conta de um corte profundo causado pela pedra em que tropeçou. Além disso, o impacto contra o chão também tinha sido doloroso.
A jovem escuta um uivo e logo depois barulho de passos. Já estava de madrugada e aquele lugar parecia assustador.

Logo uma silhueta se faz presente e Mavilin tenta se mexer, mas estava com muita dor então logo a silhueta se faz mais nítida e a loira pode ver uma jovem de cabeça raspada com a pele negra e vestes tribais. Ao seu lado havia um lobo branco com uma pedra na testa e olhos azuis intensos.

— Quem é você?

...

— Obrigada por cuidar do meu machucado.

— Pode ficar conosco o tempo que precisar — ela analisa a marca vermelha no abdômen de Mavi — Isso vai ficar roxo, mas o que fazia tão desorientada ao ponto de cair assim?

— Eu estava fugindo de uma pessoa.

— De um vampiro?

— Como você sabe?

— As marcas em seu pescoço ainda estão cicatrizando.

— É uma longa história.

— Você pode me contar enquanto lhe preparo algo para comer.

— Eu vim para Transilvânia com o objetivo de passar um tempo de férias, mas acabei conhecendo esse vampiro, e de primeira achei que era apenas um rapaz interessante.

— Mas na realidade ele queria beber seu sangue.

— Exatamente. Mas seus planos foram por água abaixo e por isso ele me manteve em sua casa.

— O que aconteceu?

— Não quero que me matem caso saibam.

— Você pode confiar em mim. Eu vivo reclusa, e não sigo nenhuma lei do concelho sobrenatural.

— O que você é?

— Uma Animalia. Lupi é minha Aica, um animal que tem uma ligação sobrenatural comigo.

— Você tem alguma espécie de poder?

— Consigo me comunicar com os animais, e consigo ficar na forma semi lupina.

— Nossa...

— Agora me conte o seu segredo.

— Meu sangue faz mal aos vampiros, pois sou descendente da primeira pessoa meio vampira.

— Então você está correndo grande risco.

Garota veneno ( Concluído )Onde histórias criam vida. Descubra agora