Capítulo vinte e cinco

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O impacto era eminente, mas ao invés de bater contra o chão alguém segura a garota, que se assusta ao abrir os olhos e ver que não tinha se ferido. Dorothea a coloca de pé no chão e a jovem a abraça aliviada.

— Você é um doente, Henryk.

— Parem com tudo isso — todos olham na direção da onde vinha a voz.

— Quem é você? — indaga o loiro.

— Podem me chamar de Gina.

Todos estavam espantados com a aparição da mulher. Ela possuía fios curtos grisalhos e aparentava está com uma certa idade.

— Você é a culpada de tudo isso. Você deveria ter dito que não me receberia em sua casa.

— Era necessário que tudo isso acontecesse.

— Você acha que pode controlar o destino? — a jovem indaga indignada.

— O destino já estava lançado. Eu só contribuí.

— Sua louca — ela avança contra a mulher, mas Dorothea a segura.

— Não vale apena agredir ela.

— Eu vou te denunciar para o concelho. Você não pode continuar como líder dos vampiros.

— Faça o que quiser, Jeremiah.

Jeremiah e Dorothea levam Henryk até o concelho. Enquanto isso Mavi vai até sua mãe e senta ao seu lado para esperar a mesma acordar. Ela estava bem, mas desacordada, e a loira não sabia quando ela acordaria.

...

Parecia que tudo estava mais confuso. Gina não quis mais falar sobre o que fez e Mavi também não queria ouvir mais nada. A garota estava deitada na cama de barriga para baixo quando sente o colchão afundar.

—  O que o concelho decidiu?

— Penélope vai ficar no lugar de Henryk, enquanto eles investigam suas atitudes enquanto estava como líder dos vampiros.

— Sera que finalmente viveremos uma vida tranquila?

— Somos seres sobrenaturais e nunca viveremos uma vida normal. O máximo que conseguiremos e que ninguém fique nos atrapalhando ou tentando nos atacar.

— Com o tanto que você esteja ao meu lado.

— Então você aceita ser minha futura esposa?

— Não sei...

— Vai se fazer de difícil agora?

— É claro que aceito — ela ri.

— Eu te amo muito — ele se debruça sobre ela e lhe da vários beijos.

— Olha que lindo nossos filhos.

— Mamãe — a platinada olha para a mais velha.

— Concordo com a Mary.

— E o que vocês estão fazendo aqui? — indaga Jeremiah.

— Vinhemos chamar vocês para assistir um filme na sala.

— E vocês fazem coisas normais?

— Você achou que fazíamos o que? não é porque somos vampiros que vamos viver de maneira estranha.

— Então tá — ela da de ombros.

— Vamos descer? — indaga Dorothea.

Os quatro descem para a sala aonde se sentam e Marilyn procura por um filme. Ali parecia que eles eram uma família "normal" apesar de ninguém ser totalmente normal, não é? Toda família tem suas peculiaridades e elas que as tornam únicas.

Dois anos depois...

Era para ser apenas uma viagem que acabou gerando diversos acontecimentos catastróficos. Apesar de tudo de ruim, também aconteceram coisas boas como o encontro de Mavi e Jeremiah.

Todos buscamos finais felizes, muitas vezes para fugir de uma realidade que para muitos não é tão boa. Mavilin escrevia suas fanfics para fugir da realidade, e acabou parando numa realidade que daria um bom enredo para uma fanfic.

A loira estava sentada na frente da casa de Jeremiah usando seus óculos de sol vermelhos e redondos. Ela só queria contemplar o dia com tranquilidade.

— Mavilin?

— Aonde está Jasper?

— Estou aqui — a garota deveria ter uns sete anos de idade.

— Como anda minha pimentinha? — Jeremiah a pega no colo.

— A vovó estava arrumando o meu cabelo.

— Finalmente alguém fez isso.

— Eu não gosto que fiquem puxando ele e colocando coisas.

— Parece eu quando criança.

— Jasper e você nasceram para ser mãe e filha.

— Eu não poderia ter escolhido pais melhores.

A garotinha mantinha o olhar longe. Seus olhos verdes não enxergavam nada. Pelo menos não com a visão natural. Ninguém sabia ao certo sua origem, mas sabiam  que era sobrenatural, pois vez ou outra ela tinha visões. Além disso ela conseguia enxergar a aura das pessoas mesmo sem conseguir enxergar sua fisionomia.

— Sorte a nossa de ter uma menina maravilhosa como você em nossas vidas.

— Todos tinham medo de mim.

— Porque eram bobos — o loiro acaricia os cachos ruivos da mais nova.

Um coração será partido, ela luta pelo amor, seus sentimentos a destroem. Eles a querem morta, mas ele luta contra seu sangue — a garota diz a última parte em pleno desespero e logo desmaia.

— Mas uma dessas visões.

— O que será isso, Jeremiah?

— Tenho medo que algo muito ruim aconteça.

...

Mavilin  observava Jasper que dormia serenamente. Marylin observava a neta e a filha.

— Mavi anda está muito preocupada.

— Com razão, Dorothea. Jasper anda tendo muitas visões estranhas.

— Quem poderá ser essa mulher que aparece nas visões dela?

— Temo que seja alguém próximo.

— Essa menina já sofreu tanto na vida. E ainda tem apenas sete anos.

— Vamos fazer tudo que pudermos para que ela tenha uma vida tranquila — diz Jeremiah que tinha acabado de se aproximar da porta aonde ambas estavam.

— O mundo sobrenatural é cruel. Temos a imortalidade, mas será impossível viver  em total paz.

— Farei de tudo para minha filha ser feliz. Nem que tenha que sacrificar tudo para isso.

— Mavilin — Marylin diz num suspiro.

— Uma mãe faz de tudo por seus filhos.

— Todos nós cuidaremos para que ela tenha uma vida tranquila.

— Promete?

— É claro — o loiro lhe da um leve beijo nos lábios — Vou cuidar sempre da minha pimentinha e da minha garota veneno.

Garota veneno ( Concluído )Onde histórias criam vida. Descubra agora