『22』

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P.O.V Off

Gun e eu estavamos mais felizes do que nunca, e ter esse baixinho comigo era uma das melhores coisas que poderia me acontecer.
Nunca me imaginei como um romântico apaixonado, mas ficar com Gun me mostrou que sou exatamente assim.
Combinamos que não contariamos o que estava havendo, pelo menos por enquanto.
Fizemos uma viagem com os garotos, ja estavamos no segundo dia, nos arrumando pra jantar.
Pude observar uma tensão entre Krist e Singto, mas não pude dizer nada então achei melhor esperar estar sozinho com algum dos dois para poder tocar no assunto.
Ao terminarmos fomos para uma boate que havia ali perto ja que viajamos a trabalho e não poderíamos ir muito longe.
O lugar era agradável, tinha um número considerável de pessoas, havia um pequeno bar em um canto, algumas mesas por ali e um pouco distante tinha uma pista de dança, tocava musica em um volume razoável que deixava o ambiente ainda melhor e possibilitava as pessoas de conversarem sem precisar gritar.

    — Papi, eu vou dançar com Tay. Você vem? – Perguntou Gun com os braços ao redor do meu pescoço

    — Vou beber mais um pouco e ja vou te encontrar la ta bom?

    — Okay, mas não demora ta

    — Vocês parecem mais próximos, aconteceu algo que eu deveria saber? – Perguntou Singto um tanto curioso, olhei ao redor percebendo que só havia eu e ele ali.

    — Aconteceu tanta coisa, você não faz ideia.

    — Vocês se entenderam então?

    — Sim. Posso perguntar algo?

    — Claro.

    — O que está havendo com você e Krist? Vocês parecem um pouco distantes.

    — Eu acho que estamos mesmo. Ele ainda se sente chateado por não estar tão aberto ao nosso relacionamento quanto eu, eu ja disse muitas vezes que eu não me importo desde que estejamos juntos, mas ele insiste que esse medo dele ta fazendo mal pra mim, ele não vê que o que me faz mal é ver que ele não esta bem com tudo isso. E sinceramente, isso me mata por dentro. Tenho tanto medo de perder ele, de uma forma ou de outra ele acabou se tornando alguem muito importante que eu ja não me vejo sem.

    — E você ja disse tudo isso pra ele?

    — Sim, muitas vezes, mas ele parece não entender.

    — Calma, você sabe como ele é. Ele só precisa de um tempo pra por os pensamentos no lugar, deixa ele um pouco. Da pra perceber que ele tambem é louco por você, só que ele tem o jeito dele de fazer as coisas.

    — Você tem razão, mas mesmo assim eu fico com medo.

    — Vai ficar tudo bem, você vai ver.

    — Espero que sim.

Eu bebi um pouco mais e fui atrás de Gun, o avistei de longe e percebi um cara chegando perto, resolvi parar e observar.
Ele se aproximou, colocou uma mão na cintura de Gun e falou algo em seu ouvido. Meu pequeno deu um sorriso e se afastou um pouco do rapaz dizendo algo e negando com a cabeça, o outro continuou insistindo e aquilo ja estava me deixando nervoso.
Ele colocou os dois braços ao redor de Gun e colou o seu corpo ao dele encostando seus lábios e ignorando o fato de estar sendo empurrado pelo outro que era visivelmente menor e mais fraco que si.
Aquilo pra mim foi a gota d'agua quando percebi ele ja estava no chão e eu estava avançando em cima dele desferindo socos em seu rosto.
Tay e New me seguraram, se não tivessem feito isso eu não sei do que eu seria capaz.

    — O que é isso cara, o que aconteceu? – perguntou New um pouco assustado

    — Esse babaca estava agarrando Gun a força, juro que se não tivessem me segurado eu tinha acabado com esse cara.

    — Calma, acho que é melhor a gente ir embora – disse Tay preocupado

    — Não precisa, eu ja estou mais calmo, não quero atrapalhar a noite de vocês.

    — Pode deixar que eu vou embora com ele, vocês podem ficar mais um pouco – disse Gun segurando em meu braço.

Os meninos concordaram e nós saímos dali, minha mão estava doendo por conta dos socos, mas não me arrependo de nada.
O que eu fiz foi pouco para o que ele merecia.

Chegamos ao hotel, nos trocamos e Gun cuidou da minha mão que estava vermelha e dolorida.

    — Papi, não precisava ter feito isso.

    — Não precisava? Ele te beijou à força, só de ver ele te olhar eu ja fiquei com raiva, imagina vê - lo te tocando.

    — Você é bem ciumento Papi.

    — Me desculpa, as vezes não consigo me controlar. É mais forte que eu.

    — Eu não estou reclamando, eu gosto e acho até fofo – ele passa as mãos pelos meus ombros

    — Você é meu Atthaphan, mesmo que ainda não estamos juntos oficialmente você é meu e ninguem além de mim pode te tocar desse jeito – Digo o puxando pela cintura e colando nossos lábios.

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Só deixo claro que nesse capítulo Off não fala de forma possessiva, não é como se Gun fosse obrigado a ficar somente com ele, Gun tem escolha Okay? Se ele QUER ficar com o Off é só com ele, como em qualquer relacionamento normal.
Reescrevendo esse capítulo achei que esse final poderia ter uma interpretação errada pelo modo que ele falou.
Eu não romantizo possessividade.

My Baby Honey ♢ OffGunOnde histórias criam vida. Descubra agora