Maléfico

Subterrano parte 2

( Finalmente iremos descobrir o que tem embaixo de Auradon, qual será o grande segredo?)

Durante o tempo que ficava sozinha no palácio de Winter Ivy leu os mais diversos livros, alguns inclusive de profecias, dessa forma ela aprendeu a reconhecer uma mesmo que em outra língua.

— A minha mãe perder as asas faz parte de uma profecia antiga? - Dylan achou aquilo um absurdo.

— Não sou especialista no assunto, mas acredito que sim. - Respondeu Ivy.

— No caso a profecia já foi cumprida então não há o que temer certo? - Zack queria ser esperançoso.

Profecias tinham explícito em si um motivo bem claro, uma fada perder suas asas não parecia nada que concluísse em algo de verdade.

— Eu diria que isso é só parte de uma verdadeira profecia, mas como eu disse eu não posso dar certeza!  - Ivy esperava que fosse a última pergunta.

— Bom, não podemos perder tempo aqui com suposições e mais mistério, precisamos chegar no final dessa coisa antes que notem a nossa falta! - Alertou Zoe.

Mal eles sabiam que já se havia passado horas desde que eles entraram na caverna, mas nem poderiam saber sem qualquer relógio.
Seguindo a alerta de Zoe todos voltaram suas atenções para o mistério por baixo da escola de Auradon e adentraram a porta à frente.
Do outro lado havia uma cripta toda talhada em mármore e ossos humanos, os cadáveres que ali estavam enterrados cheiravam mal.

— Por Zeus que nojo! - Ivy quase vomitou com o cheiro.

— Parece que cada vez fica pior! - Lucy tremia toda só de imaginar tocar em um daqueles ossos.

O cheiro ainda que podre era familiar para Zoe, ela conseguiria sentir o cheiro de outro lobisomem mesmo que ainda morto.

— São lobisomens! - Afirmou ela ao reconhecer o cheiro.

Logo à frente havia um pequeno altar de ossos manchado por sangue seco, em cima do altar havia escrito no mármore alguma coisa em grego antigo.

— Casa dos amaldiçoados! - Leu Ivy.

— Caralho, você até que é inteligente! - Dylan ficou surpreso já que a garota faltava em quase todas as aulas.

— Sei falar sete línguas fluentemente, aprendi todas em alguns livros que li no palácio! - Ela passou a mão pelos cabelos e deu um leve sorriso orgulhoso.

— E ali o que está escrito? - Apontou Zack para um dos cadáveres, que assustadoramente segurava um pergaminho.

Ivy mesmo com nojo ousou pegar o pergaminho e ler as escrituras:

— Homens terríveis, amaldiçoados por causa de teus próprios pecados, apenas o sangue podre daquele que os próprios deuses sentenciaram tem o poder de abrir caminho por entre os ossos de seus iguais!

— Ok, agora precisamos que um deus nos amaldiçoe! - As esperanças de Ben desapareciam lentamente.

Zoe já havia entendido o porquê da Rainha Má ter chamado cada um deles, por algum motivo eles eram unicamente capazes de passar por uma das "barreiras", sendo assim uma hora seria a vez dela e provavelmente era agora.

— Já ouviram a história sobre Licáon e o mito sobre os lobisomens? A lenda diz que ele se tornou um servo tão fanático pelos deuses que começou a sacrificar todos os hóspedes que vinham até seu palácio em homenagem a Zeus. É claro que o deus dos céus ficou imensamente ofendido e se disfarçou de um mendigo para poder se hospedar no palácio de Licáon. O rei por sua vez ao perceber sinais divinos quis provar se o mendigo era ou não um deus, então ele mandou cozinhar a carne de um escravo e em seguida ordenou que a servissem ao hóspede. Zeus ficou furioso com tamanha crueldade e o amaldiçoou a virar um lobo por toda a sua vida, da mesma forma ele fez com os filhos dele, pois assim como o pai eram tão cruéis quanto. Toda a geração sanguínea de Licáon foi amaldiçoada com o fardo de ser um lobisomem e por ser filha do lobo mal este sangue maldito corre por minhas veias junto com a maldição, sou tão amaldiçoada pelos deuses como qualquer um desses cadáveres pútridos aqui! - Contou Zoe.