Lanai sentia a tristeza na casa como se fosse uma entidade e aquilo lhe fez sentir o coração oprimido e aproveitou que Anne estava fazendo companhia para os irmãos do Mark, e foi para o salão de treino sozinha.
Ali saltou para o imenso tecido branco que sempre ficava pendurado e pronto para treino a um canto do imenso salão e subiu até o topo, refletindo no porquê daquele sentimento ao redor. Alguém tinha se machucado, seria algum problema muito ruim?
O que seria?
Então balançou até alcançar o sistema de som que ficava próximo dali e deixou tocar no aleatório para se distrair e logo voltou ao ponto central, enrolando braços e pernas e se deixando cair quase até o chão para se aquecer.
Subiu de novo e se deixou cair mais uma vez, focada metade no exercício, e metade na sensação que não partia e que lhe sufocava até que percebeu que não estava sozinha.
De cabeça para baixo viu um homem parado, no meio do salão, um estranho de cabelos ruivos e luvas de couro. Se moveu para voltar a subir rápido, afinal não sabia quem seria aquele homem embora se ele estava ali, tinha autorização para estar.
Do alto o olhou de novo, um pouco curiosa... Ele parecia ser tal alto quanto o pai Tin... E a olhava silencioso, de uma forma estranha...
Por fim viu os lábios dele se moverem e leu ali a frase em inglês dita aparentemente reflexiva:
— Você é real...
Lanai deitou a cabeça curiosa. Claro que ela era real? Ele batia bem da cabeça?
Moveu o tecido até que pudesse saltar para a cama elástica e tomou um susto quando ele correu tão rápido como o pai Can e a pegou no ar.
Foram os segundos mais longos da sua existência e que se recordava...
Ele parecia arfante embora tenha feito aquele movimento quase digno de um trapezista em solo, e Lanai pode sentir o perfume suave e estranho que vinha do estranho.
Quem era ele... E por que os olhos eram tão brilhantes?
Ela ergueu a mão enfeitiçada pelo rosto bonito de olhos escuros e tão penetrantes e acabou tocando a face com as pontas dos dedos. Ele fechou os olhos e ela, sem entender o porquê, sentiu em seus dedos um calor diferente e misterioso...
Os cabelos de fios vermelhos escuros foram tocados em seguida como se sua mão tivesse vida própria. Macios... Tão macios...
— Qual o seu nome?
Ele perguntou e ela acordou do feitiço.
— Me solta!
Pediu um pouco nervosa, mas rouca e ele lhe colocou no chão.
Lanai só agiu. Saiu correndo dali e voltou para o tecido subindo o mais alto que pode e sabia, de olhos arregalados.
Que sentimentos eram aqueles, quem era ele? O que estava acontecendo?
— Ela é uma de nossas filhas, gangster – Pai Pete surgiu na entrada do salão e ela escondeu o rosto atrás do tecido macio, resistente, totalmente sem graça. Pai Pete o conhecia... – E ela é intocável, o que acaba de fazer lhe custará no mínimo umas cinquenta chibatadas, sabia disso?
Lanai arregalou os olhos. Pelos Céus! As leis!
Desceu do tecido o mais rápida que pode e quase voou para seu pai abraçando um de seus braços e colocando a bochecha na costa de uma das mãos em seguida:
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Minha Seme Empoderada
FanfictionEla era a mulher mais poderosa do reino atual, o rei lhe queria como sucessora, contudo ela só desejava encontrar um amor que valesse a pena e ser feliz junto da sua imensa família. Jamais imaginou que os amores da sua vida viriam em pacotes tão fof...