Minha vingadora

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— Detesto admitir, mas diante das circunstâncias, o melhor caminho é esperar o pet despertar e conseguir dele todas as informações úteis.

Tin disse frio e Yim assentiu, sentada diante do pai que permanecia pé, de frente a janela do escritório. Sentia exatamente o que seu pai sentia, com o acréscimo que as duas últimas horas foram um furação e tinha preocupações diferentes também ocupando sua mente, fora a situação do pet machucado.

Chegou em casa pensando apenas em ter Dr. Jin cuidando do pet o mais rápido possível, sabia que tinha assustado um pouco Nessie com sua fúria e velocidade exagerada e não só ela como o pequeno pet na saleta que embora não soubesse o que ele estaria fazendo ali – Não era onde as visitas ficavam no palácio – não lhe passou despercebido, embora fingisse que sim, a presença dele. Não sabia quem era e naquele momento não tinha tempo de investigar, porém se estava no castelo, era autorizado.

Só conseguiu desacelerar quando Jin garantiu que o pet machucado estava fora de risco de morte e então ele foi levado para o quarto de repouso que mantinham no castelo para situações como aquela, devidamente medicado e Yim colocou Gu Hai para vigiar ele e lhe informar imediatamente assim que ele acordasse. Era primordial que soubessem o que aconteceu, essencial. Então foi conferir se os irmãos estavam bem e se Nessie estava bem também, e ao vê-la distraída por pai Pete em uma conversa animada, conseguiu se focar nas outras coisas. Falar com seu pai e rei, e traçar um plano de ação.

Primeiro Tin estressou um pouco sobre os quíntuplos saírem de casa – Algo esperado e lógico - Contudo logo foram ao centro da questão ali, a questão que lhe perturbava sua alma até o âmago e que logo Tin exibiu a mesma tensão e fúria.

Um rato escapou do dia D.

Não havia outra conclusão.

Contou tudo o que aconteceu e esperou a conclusão dele que não era em nada distante da sua. Precisavam de mais detalhes antes de dar qualquer passo em qualquer direção.

— Todos esses anos, todas as equipes e grupos especiais ficaram incumbidos de varrer a face da terra atrás de algum residual e nada. Agora um marcado bate a nossa porta nessas condições... – Tin estreitou os olhos – Não sei se vou conseguir ser imparcial nesse caso. Essa falha é imperdoável!

— Ninguém é perfeito, papai. São as variáveis do jogo da vida, você sempre me disse isso, hora de aceitar suas próprias proposições.

Disse séria e ele respirou fundo e passou a tamborilar no vidro da janela:

— Can, quando voltar da visita a Tae, vai ficar em fúria quando souber e eu não o julgo. Ele passou todos esses anos agindo em leis e formas de proteger todos os pets e não pets com mais afinco do que uma pessoa humana seria capaz e agora...

— Papai sabe que não é culpa de ninguém, só desse verme que vamos picotar com requintes de crueldade, certo?

— Vamos? – Tin a olhou e ela reconheceu na hora a mudança de humor nele e quase bateu na própria testa, inferno! – Ouvi um tom de voz de rainha nesse tom, ouvi?

— Tin, para, estou falando sério aqui, droga!

— Eu também, eu ouvi vamos, no plural, com um tom determinante e muito imperativo.

— Arg!

Só conseguiu dizer isso quando ele deu aquele sorrisinho que pai Can chamava de sorriso malévolo do rei. Deslizar na frente do Tin era imperdoável, merda!

— Hoje você não foi a única a quebrar regras, sabia? - Tin sorriu dessa vez afiado como uma serpente – A pestinha do Seok contratou a minha pestinha para invadir a sala de jogos dos pais e ver o que tinha dentro, Madá genialmente, conseguiu romper o código em menos de meia hora. Mas é minha filha então eu não devia ficar tão surpreso não é mesmo? – Yim abriu a boca um pouco chocada, não pelas duas mais pimentinhas de todas as pimentas daquela família gigante aprontar outra vez, mas sim com Tin admitindo que fica monitorando ambas. Madá hackeava coisas, mas esquecia que elas tinham o lorde dos lordes em hackeamento naquela casa – Então ela fugiu como o coelhinho atentado que é e foi atrás do elfo intocável da clareira.

Minha Seme EmpoderadaOnde histórias criam vida. Descubra agora