Minha Seme Empoderada

Extra - Transição

— Pete, para de se mexer.

Can arqueou as sobrancelhas ao ouvir a voz de Seok do quarto. Ele parecia aflito?

Aquela noite não era de ele vir dormir com eles, os sábados eram das esposas, contudo algumas coisas estavam mudando aos pouquinhos na ilha e grande parte era porque Dessa estava morando com eles no último mês. Can sabia que tinha a data limite agora e estava aliviado por sua amiga vir lhe dizer que iria voltar para a Vila na Irlanda.

A barriga de Pete já estava praticamente visível e a sua também, além disso os vestidos do marido e suas batas já não eram mais disfarces perfeitos, portanto ele estivera a dois dias refletindo como iria falar com amiga o grande segredo da sua família, e agora... Não seria mais necessário.

Alívio lhe percorria da cabeça aos pés.

Dessa estava bem melhor depois das várias longas conversas que tiveram e preparada para voltar para sua própria vida. Ele não sabia a dor de uma depressão pós-parto, mas estava suscetível também, por isso queria que a amiga tivesse aquele tempo na ilha, para ficar em paz e se reencontrar e estava radiante por ter conseguido seu intento.

Beibei precisava da mãe por inteiro. Todos precisavam dela. O mundo pet precisava dela.

Seus filhos também ficariam mais tranquilos, eles amavam a tia Dessa, mas estavam loucos para que as irmãs nascessem então eles estavam tendo dias complicados para esconder o assunto e ficarem pajeando o Pete e ele também.

Assim que Pete descobriu sua gravidez, no dia seguinte Can tinha descoberto a sua. O que causou certa comoção porque o trio mais novo tinha apenas meses e nem mesmo Pete teve gravidez seguida assim. Seus maridos ficaram enlouquecidos, mas no fim tudo ficou bem e agora... Agora ele e Pete estavam grávidos, juntos, pela primeira vez, praticamente ao mesmo tempo, como da outra vez do futuro modificado.

— Seok, eu quero me mover.

— Rapidinho, amor, rapidinho, só mais uns minutinhos, hun!

Can entrou no quarto e viu Seok se joelhos, tirando medidas do pé do Pete que o olhava em uma mistura de diversão com impaciência. Acabou rindo baixinho, o que Minseok pretendia?

— Seok, baby, o que está fazendo aqui?

— Canie! – Seu marido de joelhos disse sorrindo sem tirar os olhos da régua e por fim libertou o pé direito do Pete anotando mais alguma coisa em um bloquinho – Pronto, prontinho.

Seok se ergueu dando um beijo suave nos lábios do Pete e então lhe olhando com olhos brilhantes:

— Eu descobri um artesão na Nova Zelândia que faz sapatilhas de tecido cem por cento macio e sustentável por encomenda. Logo os pés do Pete vão ficar inchados e da outra vez ele não tinha sapatos adequados, então estou fazendo uma encomenda razoável para semana que vem.

Ele terminou sorrindo todo feliz e Can quase foi até ele para apertar as bochechas daquele homem. Como ele podia ser todo macho alfa e fofo ao mesmo tempo? Mês passado ele estava sofrendo para aprender a trocar fraldas e agora já tinha ficado expert naquilo.

Quando ele deixaria de ser um marido tão especial? Tão tenaz...

— Agora você, Canie, venha que eu vou medir seus pés.

— Eu não uso sapatilhas, baby.

Disse indo até a cama, tirando as botas e estendendo os pés para o marido ainda assim, sabia que se não fizesse ele faria cena pelo resto do ano.

— Eu sei que não, para você eu vou encomendar botas macias de cano curto e veludo branco, hun? Que acha?

— Que eu vou ter dó de usar sendo algo tão delicado.