Assalto

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 Nessie acordou suspirando.

Aquele dia tinha sido divertido e elétrico se fosse parar para pensar. Divertido porque conheceu melhor os outros pets da sua ama, riu muito enquanto arrumavam as coisas ali na cabine que meio que iam morar e também, com as 'descobertas' do Mark de alguns lugares legais do imenso lar aquático. Foi legal, contudo ficou um pouco pensativa e elétrica depois ao ver algumas coisas dentro de uma mochila que sabia bem, não era comida, roupa ou utensílios.

Eram coisas de sexo, contudo como que usava e para que serviam, ela não sabia dizer já que vira pela primeira vez. E isso lhe fez pensar sobre sua ama, sobre os toques suaves que ela trocava com todos eles e sobre os beijos que Art falava suspirando.

Nessie queria mais, queria tudo, mas como convencer a ama daquilo?

Lembrou das palavras de sua alteza dias atrás em sua conversa com ele no palácio:

"Minha filha é muito correta. Ela é como Ae, segue as leis, sempre vai estar segura com ela, Renesme"

E dai veio a voz da ama em sua cabeça:

"A próxima vez que vir para o meu colo sem roupa, vai ter dezoito anos completos e então a conversa vai ser diferente"

Nessie sabia o que aquilo significava, a ama não ia tocar nela para sexo antes de dezoito anos. Quis sacudir as pernas no ar e gritar frustrada embora tivesse jurado se comportar para o resto da vida depois da cena que causou no jantar, mas poxa! Que diferença uns meses iam fazer?

Como reverter aquela situação? Como pedir ajuda, para quem pedir ajuda?

O que precisava fazer para convencer a sua ama de que ela queria mais beijos como os que o Art falou, que ela queria tudo?

Já esteve nua da frente da ama e o máximo que ganhou foram carícias. Aquilo por si só não ia funcionar.

Se virou um pouco mais na cama e uma mão segurou sua cintura para evitar que ela caísse e talvez cairia se estivesse dormindo. A cama não cabia os cinco, por isso a ama brigou com eles para dormir os quatro ali e ela estava em um colchonete no chão, porém não estava sozinha, claro. Mark tinha pulado para grudar nela como um carrapatinho!

Ela deveria sentir ciúmes, mas não sentia, na verdade.

Achava ele manhoso, só. Mas a verdade era que o único não manhoso entre eles era a pessoa que a segurava agora.

Gun.

— Sem sono, lobinha?

A voz soou risonha e Nessie bufou, se virando para ele e lembrando em como eles riram juntos da ama voltando com peixes e frutas naquela mochila impermeável mil e uma utilidades, toda atlética e cheia de si, subindo no navio pelas escadas laterais e que depois souberam que além de tudo ela tinha de fato encontrado um riacho de água doce na ilha e até possibilidades de fazer uma cabana lá.

Se colocassem a ama deles naqueles programas de sobrevivência da televisão. Ela ia arrasar.

Nessie suspirou e cutucou o peito do mais velho:

— A ama não vai tocar em mim até eu completar dezoito anos e eu não quero esperar tantos meses, porém eu não sei o que fazer para convencer ela que eu quero mais.

— Se você falar diretamente sobre esse assunto ela só vai educadamente dizer não. Yim segue as leis. Nisso ela é impecável...

— Eu sei, eu sei, por isso que estou chateada, como mudar isso?

— Sedução.

— Quê?

Eles sussurravam um com o outro, mas quando ele disse aquilo, Nessie ofegou e aumentou o tom olhando para todos os lados com medo de alguém ter ouvido.

Minha Seme EmpoderadaOnde histórias criam vida. Descubra agora